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A agência avalia que o perfil de crédito do Brasil reflete um equilíbrio entre pontos positivos e negativos. Contam a favor do país a economia grande e diversificada, com exposição limitada a choques externos. De outro lado, há limitações impostas por pagamento elevado de juros, rigidez nos gastos e o crescente peso da dívida pública.
“Reformas econômicas estruturais implementadas por sucessivas administrações nos últimos anos fortaleceram as perspectivas de investimento e crescimento. No entanto, a polarização política é uma restrição à formulação de políticas, o que limita os esforços de reforça fiscal”, afirma a Moody’s.
Segundo a agência, o rating soberano do Brasil poderia ser elevado se emergisse um consenso entre Executivo e Congresso para pôr em marcha “reformas de gastos mais profundas”. Medidas que reduzissem a vinculação de receitas e alterassem a indexação de benefícios sociais ao salário mínimo, além de mudanças na previdência social, “criariam espaço fiscal e melhorariam o perfil de crédito”.
“De forma mais ampla, reformas macroeconômicas que aprimorassem o arcabouço de política monetária, levando a uma transmissão mais eficaz, também contribuiriam para reduzir a vulnerabilidade da posição fiscal do Brasil aos ciclos de aperto”, afirma a Moody’s.
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De outro lado, pode haver “pressão negativa” sobre o rating caso os esforços de consolidação fiscal sejam revertidos ou não se mostrem eficazes. Isso enfraqueceria ainda mais a confiança dos investidores, resultando em piora da capacidade de pagamento da dívida. Sinais de crescimento significativamente mais fraco também pesariam no perfil de crédito do Brasil e poderiam motivar uma ação negativa de rating, pontua a agência.
Segundo a agência, a economia brasileira tem mostrado resiliência em meio ao aumento recente das tensões comerciais com os EUA. A Moody’s ressalta que o governo americano promoveu um alívio tarifário ao Brasil no último dia 13 que incluiu produtos agrícolas relevantes, como café, carne bovina e algumas frutas tropicais. Em agosto, os EUA haviam imposto tarifas de 50% à importação da maioria dos produtos brasileiros.
“Os EUA representam cerca de 12% das exportações do Brasil e as isenções cobrem mais da metade desse volume. Portanto, as taxas efetivas de tarifas são consideravelmente menores, em torno de 25%. No geral, o impacto das tarifas mais altas dos EUA na economia do Brasil tem sido limitado”, afirma a Moody’s.
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