(Estadão Conteúdo) – O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, com a aposta dos investidores na recuperação da economia global, o que tende a aumentar a demanda pela commodity energética. Esse otimismo se sobrepôs hoje à alta do dólar e às preocupações com a piora da pandemia de covid-19 na Índia, país que é um dos maiores importadores do óleo.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para junho avançou 1,86%, a US$ 65,69. O Brent para julho, por sua vez, subiu 1,95%, a US$ 68,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
“Após a abordagem cautelosa da semana passada, o mercado de petróleo esta semana está ficando cada vez mais otimista de que um aumento na demanda por petróleo está se aproximando na Europa e nos EUA”, diz a analista Louise Dickson, da Rystad Energy. Segundo a profissional, o consumo de gasolina está em ascensão nessas regiões e as restrições impostas para conter o coronavírus estão sendo gradualmente retiradas.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Apesar da escalada da covid-19 na Índia, destaca Dickson, o avanço da vacinação em outras partes do mundo deve permitir que as principais economias reabram cada vez mais. “Os preços do petróleo, porém, não estão apenas mudando de acordo com as expectativas de curto prazo. Prevê-se que a demanda aumente em vários milhões de barris por dia a partir no verão do Hemisfério Norte, compensando quaisquer perdas da Índia e o aumento da oferta pela Opep+”, diz a analista.
A Capital Economics também estima que a atividade global este ano levará a uma “forte” recuperação da demanda por commodities de energia. O consumo de petróleo, segundo a consultoria britânica, deve permanecer moderado até o terceiro trimestre, quando deverá haver uma maior suspensão das restrições de viagens no mundo.
Após o fechamento do mercado hoje, o American Petroleum Institute (API) divulgará as estimativas para os estoques de petróleo nos Estados Unidos na semana passada. O dado oficial será divulgado amanhã pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) daquele país.
Publicidade