Mercados globais avançam com inflação sob controle nos EUA, mas Ibovespa despenca e dólar dispara no Brasil

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A maioria das principais bolsas internacionais encerrou a sexta-feira (5) em alta, apoiados por dados que reforçam a percepção de inflação controlada nos Estados Unidos. O PCE subiu 0,3% em setembro, dentro das expectativas, enquanto o índice de sentimento do consumidor superou projeções, com melhora nas expectativas de inflação para horizontes mais longos. Esse cenário manteve elevadas as apostas para um corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana, sustentando ganhos nos principais índices de Nova York. Na Europa, revisões positivas do PIB e dados melhores de encomendas industriais também contribuíram pelo lado positivo. Entre as commodities, o petróleo avançou e encerrou a semana com alta superior a 2%, apoiado por prêmios geopolíticos enquanto permanece o impasse nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, além das tensões entre Estados Unidos e Venezuela.

No Brasil, após renovar máximas históricas pela manhã, o Ibovespa perdeu força e fechou em queda, refletindo movimentos de realização e maior cautela antes das decisões do Copom e do Fed. O índice recuou 4,31%, aos 157.369 pontos, com giro financeiro de R$ 44 bilhões. No câmbio, o dólar avançou 2,29%, cotado a R$ 5,43, diante da saída de capital e da demanda típica de fim de ano. A curva de juros futuros também registrou alta nos vencimentos longos, em meio ao ajuste das apostas para a política monetária doméstica e acompanhando o comportamento observado nos Treasuries.