A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg mostrou que, se as eleições gerais de 2026 fossem realizadas hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria todos os adversários, tanto no primeiro quanto no segundo turno. O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 15 de dezembro, com 18.154 pessoas em todo o território nacional, com margem de erro de 1 ponto porcentual para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.
“Uma eventual reeleição de Lula tende a ser associada, pelo mercado, a uma pressão inflacionária maior, já que se trata de um governo com viés de aumento de gastos. Esse perfil fiscal mais expansionista dificulta qualquer movimento consistente de queda dos juros e sustenta a expectativa de taxas mais elevadas por um período prolongado”, afirma Nicolas Gass, estrategista de investimentos e sócio da GT Capital.
No mercado, o dia foi de alta para as commodities. O minério de ferro fechou em valorização de 1,63% na Bolsa chinesa de Dalian, enquanto o petróleo Brent subiu 0,23%. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) contrariaram o movimento e cederam 0,25% nas ordinárias e 0,58% nas preferenciais, enquanto os papéis da Vale (VALE3) registraram valorização de 0,26%.
Em Nova York, S&P 500, Nasdaq e Dow Jones avançaram 0,79%, 1,38% e 0,14%, respectivamente. O destaque ficou com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,2% nos dois meses de setembro a novembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o CPI avançou 2,7% em novembro. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam para novembro altas de 0,3% e 3,1%, respectivamente.
“A supressa foi bem recebida pelos investidores e levou a uma sessão de alta nos principais índices acionários dos Estados Unidos assim como queda nos rendimentos ao longo de toda a curva de juros”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
No mercado de câmbio, o dólar hoje fechou em leve alta de 0,01% cotado a R$ 5,5237, maior valor de encerramento desde o dia 1º de agosto, então a R$ 5,5456.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Brava Energia (BRAV3), Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11).
Brava Energia (BRAV3): 6,16%, R$ 15,5
As ações da Brava Energia (BRAV3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e dispararam 6,16% a R$ 15,5. Os ativos da empresa já haviam tido valorização de 2,47% na terça-feira (16) e de 3,69% na quarta-feira (17), quando também lideraram os ganhos do índice.
A BRAV3 está em alta de 13,64% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 34,1%.
Suzano (SUZB3): 5,74%, R$ 52,65
Quem também se saiu bem foi a Suzano (SUZB3), que avançou 5,74% a R$ 52,65. Ao Broadcast, o sócio da L4 Capital, Hugo Queiroz, sinalizou que a empresa segue impulsionada pelo reajuste de US$ 20 por tonelada o preço da celulose vendida aos países asiáticos, incluindo a China, uma vez que o mercado acreditava que isso não seria possível.
“Suzano agora tem conseguido repassar preços da celulose. O mercado estava acreditando que isso não estava sendo possível e, com esse reajuste, se reanimou”, disse Queiroz.
A SUZB3 está em alta de 10,66% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 14,78%.
Klabin (KLBN11): 2,31%, R$ 18,59
No setor de celulose, outro destaque positivo foi a Klabin (KLBN11), com ganho de 2,31% a R$ 18,59.
A KLBN11 está em alta de 24,18% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 1,01%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Direcional (DIRR3), Natura (NATU3) e Assaí (ASAI3).
Direcional (DIRR3): -3,48%, R$ 13,87
Os papéis da Direcional (DIRR3) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje e tombaram 3,48% a R$ 13,87. Na última sessão, já haviam recuado 4,26%, entre as principais baixas do índice da B3.
A DIRR3 está em baixa de 17,34% no mês. No ano, acumula uma valorização de 90,26%.
Natura (NATU3): -2,59%, R$ 7,53
Na lista de maiores quedas, esteve também a Natura (NATU3), que cedeu 2,59% a R$ 7,53.
A NATU3 está em baixa de 9,17% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 40,99%.
Assaí (ASAI3): -2,57%, R$ 7,2
Nos destaques negativos do Ibovespa hoje, as ações do Assaí (ASAI3) fecharam em baixa de 2,57% a R$ 7,2, impactadas pela alta dos juros futuros, que pressiona ações mais cíclicas (sensíveis aos ciclos econômicos).
A ASAI3 está em baixa de 23,81% no mês. No ano, acumula uma valorização de 29,96%.
*Com Estadão Conteúdo