Bolsas globais sobem com ajuste de fim de ano; ouro renova recordes e dólar recua
Após rali que levou o S&P 500 à máxima histórica, mercados operam em alta pontual, enquanto investidores ajustam carteiras e reforçam apostas em corte de juros
Bolsa americana reflete movimento de ajuste dos mercados globais após rali recente, com investidores reposicionando carteiras no fim do ano. (Foto: Adobe Stock)
Após o rali recente, movimento forte e contínuo de alta dos preços, que levou o S&P 500 (principal índice acionário dos Estados Unidos, composto pelas 500 maiores empresas listadas nas bolsas americanas) novamente à região de máxima histórica, os principais mercados acionários globais registram alta pontual na manhã desta terça-feira (23). O movimento reflete, sobretudo, posicionamentos de fim de ano, quando investidores ajustam carteiras antes do encerramento do exercício, além de ajustes técnicos, que são correções naturais após movimentos intensos de alta.
Fora das bolsas, o dólar recua pelo segundo pregão consecutivo, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida pública dos Estados Unidos, considerados referência global de segurança) apresentam leve queda.
Já o ouro, tradicional ativo de proteção em períodos de incerteza, renova recordes e se aproxima de US$ 4.500 por onça-troy (unidade de medida padrão para metais preciosos), sustentado pelo aumento das apostas em cortes de juros nas principais economias do mundo, especialmente na americana, diante da expectativa de desaceleração da inflação e da atividade.
Entre as commodities(matérias-primas negociadas globalmente), os contratos futuros do petróleo (acordos para compra e venda do ativo em data futura) operam praticamente estáveis. Já os preços futuros do minério de ferro recuaram 0,26% na madrugada na bolsa de Dalian, na China, encerrando a US$ 110,62 por tonelada.
No Brasil, em meio às remessas de dividendos ao exterior, o dólar teve forte disparada e acumula alta de 4,68% em dezembro. Diante desse cenário, os leilões de linha do Banco Central podem trazer algum alívio ao câmbio ao longo da sessão.
Esse fator, combinado com um ambiente externo mais favorável, sugere algum fôlego para os ativos locais hoje. De fato, o EWZ, principal Exchange Traded Fund (ETF) brasileiro negociado em Nova York, avançava cerca de 0,50% no pré-mercado, indicando uma abertura potencialmente positiva para a B3.