O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) manteve, em reunião realizada na terça-feira (23), a decisão contra a necessidade de realização de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) na Ambipar (AMBP3).
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O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) manteve, em reunião realizada na terça-feira (23), a decisão contra a necessidade de realização de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) na Ambipar (AMBP3).
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A informação está presente no informativo da reunião. Segundo o documento, o Colegiado decidiu, por unanimidade, não atender ao pedido de reconsideração do caso.
A reunião foi realizada apenas oito dias antes do fim do mandato de Otto Lobo como presidente interino da CVM. Com sua saída em 31 de dezembro, a autarquia terá apenas dois diretores: Marina Copola e João Accioly.
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O Colegiado já tem duas cadeiras vazias desde a saída do antigo presidente João Pedro Nascimento e do diretor Daniel Maeda, funcionário de carreira da CVM, que fechou seu mandato em dezembro de 2024.
A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da CVM determinou, em março, que fosse realizada uma OPA envolvendo a Ambipar.
Segundo a área técnica da CVM, a gestora Trustee teria atuado de forma coordenada com o controlador da Ambipar, Tercio Borlenghi Júnior, nas compras de ações feitas entre julho e agosto de 2024.
Esse movimento levou, em 12 de julho do ano passado, à ultrapassagem do limite de 1/3 das ações em circulação. Diante disso, a SRE entendeu ser necessária a realização de uma OPA por aumento de participação – um mecanismo criado para proteger investidores minoritários sempre que o controlador amplia sua fatia acionária a ponto de reduzir a liquidez e o volume de papéis disponíveis no mercado
As partes envolvidas recorreram e o caso foi levado ao colegiado da CVM. Em reunião realizada no final de junho, o então presidente da autarquia, João Pedro Nascimento, e a diretora Marina Copola votaram favoravelmente à realização de uma OPA na Ambipar. Eles entenderam, porém, que a obrigatoriedade da oferta deveria recair apenas sobre o controlador da empresa, Tercio Borlenghi Junior.
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Na ocasião, o então diretor Otto Lobo pediu vista do processo, o que suspendeu a deliberação. A análise foi retomada um mês depois, no final de julho, quando Lobo – atuando como presidente interino – e João Accioly votaram contra a exigência de OPA na Ambipar.
Agora, em dezembro, o Colegiado decidiu, de forma unânime, rejeitar a reavaliação do caso. Na prática, isso consolidou a decisão tomada meses atrás e afastou a possibilidade de uma OPA obrigatória por parte do controlador da Ambipar.
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