
Debênture é uma palavra bem complicada que pode afastar investidores.
Mas não tenha medo porque ela só indica um título de renda fixa corporativa, ou seja, uma empresa que emitiu uma dívida.
E agora que os títulos públicos estão pagando pouquinho, recorrer às debêntures pode ser uma excelente forma de diversificação para a sua carteira de investimentos.
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Existem debêntures simples e as conversíveis em ações. E existe também as debêntures incentivadas.
Essas são as que muitos investidores gostam porque são isentas de imposto de renda e também de IOF, o imposto que você paga na compra do título.
Essas debêntures incentivadas são especiais, porque estão ligadas a projetos de infraestrutura. São grandes obras como aeroportos, estradas, usinas hidrelétricas, ferrovias.
O governo concede isenção de impostos às empresas, que repassam aos investidores de seus títulos.
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Só isso já garante o retorno, certo?
Errado. Como uma debênture é um título de dívida emitido por uma empresa para se financiar, é importante ficar atento à capacidade de pagamento.
Há agências de classificação de risco que ajudam a entender a solvência do título.
Mas nem sempre isso é suficiente.
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Recentemente, a concessionária Rodovias do Tietê entrou com pedido de recuperação judicial.
Esse pedido fez com que 16 mil debenturistas, com um saldo de R$ 1,6 bilhão, ficassem a ver navios.
Esses títulos ainda podem ser pagos, claro, mas ao declarar incapacidade, eles foram marcados a 0 no mercado.
Isso acontece para que fundos de investimento não contem com esse ativo. E o investidor pessoa física também terá de esperar para ver se esse título vai ser pago algum dia.
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Após a aprovação do Marco do Saneamento, muitas debêntures incentivadas podem surgir.
Mas, claro, você ficará com os olhos bem abertos e não se deixará levar apenas pela isenção do IR, não é mesmo?
Eu sou o Márcio Kroehn, editor-chefe do portal einvestidor.estadao.com.br, e esse foi o Minuto E-Investidor de hoje.
Até o próximo.
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