
O craque português Cristiano Ronaldo retirou as garrafas de Coca-Cola antes de uma entrevista coletiva na Eurocopa, sugeriu que todos bebam água e imediatamente as ações da companhia de bebidas caíram na bolsa, certo?
Se você olhar o movimento da ação apenas naquele dia, após o gesto do CR7, vai dizer que faz sentido.
Mas o jogo da ação já estava rolando bem antes de Cristiano Ronaldo.
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Vou explicar: a ação da Coca-Cola abriu o pregão da segunda-feira, 14 de junho, com uma forte queda em relação ao fechamento da sexta anterior.
Isso porque a empresa estava ex-dividendos, ou seja, após o anúncio da distribuição de parte dos lucros para o acionista, a ação inicia o dia seguinte num valor descontado por esse pagamento.
Foi o que aconteceu com a Coca-Cola, que no pregão anterior estava cotada a US$ 56,10, muito próximo do seu pico nos últimos 12 meses, e abriu o pregão seguinte próxima a US$ 55,30.
Isso significa que o movimento ao longo daquele dia é natural para um ativo de renda variável. E fica difícil mensurar quanto dessa queda foi pelo empurrão da coletiva da Eurocopa.
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O certo é que a perda de US$ 4 bilhões de valor de mercado da Coca-Cola não estão na conta do Cristiano Ronaldo.
Eu sou o Márcio Kroehn, editor-chefe do portal E-Investidor, e esse foi o Minuto E-Investidor de hoje.
Até o próximo.