No exterior, o dia foi de apetite por risco com as bolsas europeias encerrando no campo positivo
no início da tarde. Logo em seguida, a notícia de aprovação no senado americano do pacote de
infraestrutura no valor de US$ 1,2 trilhão deu impulso para as bolsas americanas que fecharam o dia
em alta, com exceção da Nasdaq que encerrou com queda de 0,49%. No mercado de commodities,
os contratos futuros de petróleo encerraram em alta firme, se recuperando das perdas recentes,
enquanto o minério de ferro encerrou com queda próxima de 6% nesta madrugada.
No Brasil, os investidores começaram o dia avaliando a ata do Copom. O documento indicou que os riscos fiscais continuam implicando viés de alta nas projeções de inflação. O documento também afirmou que, caso as condicionantes não mudem, serão necessárias altas de juros subsequentes, sem
interrupção, até patamar acima do neutro para que se obtenha projeções em torno das metas de
inflação no horizonte relevante.
A perspectiva de um aperto monetário mais intenso e duradouro fez com que os investidores ajustassem suas posições, principalmente no mercado de câmbio, com o dólar encerrando com queda de 0,96%, cotado a R$ 5,20, enquanto o DXY (dólar contra uma cesta de moedas) operou em alta ao longo do dia.
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Além disso, o mercado também monitorou a divulgação do IPCA de julho que mostrou uma alta de 0,96% em linha com a expectativa do consenso. Nos últimos 12 meses a alta é de 8,99%, patamar muito superior ao teto da meta estabelecido pelo BC, de 5,25%. Ainda no Brasil, os investidores digeriram os números do 2T21 da Direcional, Even, São Martinho, BTG Pactual, dentre outros. Por fim, as preocupações com cenário fiscal ofuscaram os bons resultados do 2T21. Assim, o Ibovespa encerrou em queda de 0,66%, aos 122.202 pontos, na contramão do exterior. Na agenda desta quarta-feira, destaque as vendas no varejo do mês de junho no Brasil e para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA.