Minuto E-Investidor: O CDB precisa fazer parte da sua carteira

Nos últimos dias, você deve ter ouvido que muitos investidores estavam tirando dinheiro de fundos de renda fixa para colocar em CDBs.

Mas não é a mesma coisa?

Sim e não. E eu explico.

Sim, o CDB também é um ativo de renda fixa, como um fundo de investimento.

Mas, ao contrário de um fundo que pode ter uma composição com diferentes ativos, o Certificado de Depósito Bancário, ou simplesmente, CDB, é um título emitido por um banco.

Quando um banco precisa de dinheiro para se financiar, uma das maneiras é pedindo um empréstimo aos investidores.

Então, ele emite um CDB, com uma determinada taxa de remuneração e prazo, e se você comprar basicamente está emprestando o seu dinheiro a um banco.

Mas, assim como qualquer outro ativo, a taxa varia dependendo da necessidade e do risco do tomador, no caso, a instituição bancária.

Por exemplo, grandes bancos como Bradesco e Itaú são mais seguros que instituições financeiras menores, como o Agibank, Banco Pan ou Banco C6.

Por isso, a tendência é que o retorno de títulos dos grandes bancos seja menor enquanto que o dos pequenos seja maior.

Mas, durante o período da pandemia do coronavírus, os grandes bancos precisaram de dinheiro e emitiram CDBs pagando pouco mais de 100% do CDI.

Historicamente, a remuneração para esses títulos de Bradesco e Itaú é em torno de 90%.

Isso provocou uma procura bastante grande e uma movimentação intensa de investidores.

Pra você ter uma ideia, somente em março e abril de 2020 os bancos emitiram 252 bilhões de reais em CDBs.

Pra comprar é bastante fácil. A sua instituição bancária oferece para todo correntista os próprios CDBs emitidos por ela. Veja a taxa de retorno e a liquidez para saber se vale a pena.

E se você for na sua corretora de valores uma oferta maior estará disponível, com um mix de bancos grandes e pequenos, algo que pode ser muito rentável para a sua carteira.

Mas lembre-se que os CDBs pagam imposto de renda e alguns têm prazo de carência. E fique tranquilo que todos têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito para investimentos de até 250 mil de reais por CPF.

Eu sou o Márcio Kroehn, editor-chefe do portal einvestidor ponto com ponto br, e esse foi o Minuto E-Investidor de hoje.

Até o próximo!