
O real foi a moeda global que mais se desvalorizou frente ao dólar entre janeiro e meados de maio de 2020.
Em janeiro, o dólar estava cotado a 4 reais e dois centavos. Mas em maio já estava encostando em 6 reais. Uma diferença de 40%, aproximadamente.
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Esse movimento aconteceu por três fatores.
O primeiro é a pandemia do coronavírus, que enfraqueceu os países de economia emergente, como o Brasil.
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Em seguida vem os sucessivos cortes da taxa básica de juros, que tiraram atratividade para investidores estrangeiros.
Ou seja, eles acham que a remuneração para comprar títulos da dívida brasileira, que são os títulos públicos que você compra pelo Tesouro Direto, não vale a pena na comparação ao título de países mais seguros.
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Por fim, vem um ingrediente só nosso: o risco político com as decisões tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro, seja com relação ao controle da pandemia seja com o manejo de sua equipe de ministros.
Mas a mistura desses três fatores é interpretada de maneira distinta pelos analistas locais e estrangeiros.
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No Brasil, o boletim focus, que reúne a opinião de 100 especialistas do mercado brasileiro, projetava que o dólar encerraria 2020 em torno de 5 reais e 30 centavos, um pouco mais ou um pouco menos.
Mas instituições financeiras internacionais mostravam mais pessimismo e diziam que a moeda americana superaria a casa dos 6 reais e poderia se aproximar dos 6 reais e 20 centavos.
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E como fica você, investidor, em meio a opiniões tão divergentes?
Bom, se você está esperando a pandemia passar pra fazer a viagem que foi adiada, comprar dólar aos poucos vai ajudá-lo a ter uma cotação média e você ficará protegido das variações.
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Mas se você quer aproveitar para ganhar com essa variação, uma saída é recorrer aos fundos cambiais. Mas esse é assunto pra um próximo dia.
Eu sou o Márcio Kroehn, editor-chefe do portal einvestidor ponto com ponto br, e esse foi o Minuto E-Investidor de hoje.
Até o próximo.