O que me impressiona em Warren Buffett não é a sua rentabilidade anual, nem tampouco a sua fortuna, mas, sim, a sua capacidade de fazer com que seus ensinamentos atravessem décadas e continuem atuais mesmo em tempos em que o mundo muda em uma velocidade jamais vista anteriormente.
A super valorização das ações da Weg (WEGE3) revela que mais um fundamento de Buffett estava correto. O maior investidor do mundo sempre recomenda que os investimentos precisam ser direcionados para empresas com produtos e serviços de excelência, com lucro crescente, baixo endividamento e que sejam líderes em seus segmentos de atuação, ou seja, tudo o que a Weg (WEGE3) possui.
Não é à toa que a ação já subiu mais de 164% desde a sua mínima no ano, em 18 de março, no meio do caos com o coronavírus e o circuit breaker da Bolsa. Quando investi durante a crise, muitos seguidores do nosso canal acharam que não era um bom negócio, mas havia ações mais descontadas, ou seja, que tinham caído mais do que outros. Realmente isso era verdade, entretanto, pouquíssimas empresas no Brasil têm excelência como a Weg. Independentemente se você sabe ou não ler um balanço, veja os números dos últimos 5 anos da empresa.
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Todos os indicadores apontam para cima. É impressionante! Eu diria que é um orgulho nacional. É a nossa 3M (MMMC34). Ela não é uma indústria que fabrica motores elétricos, transformadores e até tintas especiais. Assim como a Magazine Luiza (MGLU3) não é apenas uma companhia de varejo. Ambas são empresas de tecnologia, de inovação e conseguiram descobrir isso antes das outras.
Mas, somente agora, depois da pandemia, o mercado financeiro percebeu com mais força que empresas tecnológicas tem muito mais valor do que seus concorrentes, e muito mais confiabilidade.
Podemos citar, por exemplo, o BTG (BPAC11), outra ação que gostaria de ter na carteira e aproveitei o desconto causado pelo coronavírus. Nada justificava o papel ter caído quase 70%. Não é apenas o maior banco de investimentos do país. Sua área digital mostra que a instituição está na frente de seus concorrentes e isso explica um dos motivos da cotação da ação ter disparado, além do fato de ser menos sensível à inadimplência do que os bancos de varejo tradicionais, claro.
O fato é que, o novo normal na B3 (B3SA3) é priorizar empresas que estão avançadas nas áreas digital e de inovação. O resultado da Weg no 2° trimestre, com lucro líquido de R$ 514 milhões, crescimento de 32,2% frente a 2019, não é surpreendente somente pelo crescimento. É surpreendente por acontecer no meio da maior crise econômica que o mundo já viveu desde 1929.
Hoje, não existe consenso entre os analistas se o preço da ação da Weg (WEGE3) está esticado ou não, ou seja, se o papel está caro ou ainda tem margem para subir ainda mais. Diria que essa falta de consenso é semelhante ao dólar. A moeda americana estava cara a R$ 3,80, R$ 4,20, R$ 5,00 e, no entanto, ela continuou subindo. Gosto muito de ouvir um dos maiores analistas do Brasil, o Pedro Paulo Silveira, da Nova Futura Investimentos, que foi um dos primeiros a colocar na carteira recomendada a WEGE3, ainda em 2016, quando muitos nem sabiam que a empresa existia – não é por outra razão que a sua carteira vence por vários anos seguidos como a mais rentável de todo o mercado financeiro. Quem seguiu suas recomendações ganhou muito dinheiro.
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Conversando com Silveira sobre o que ele estava achando do preço do papel, ele me deu a seguinte resposta: “Atualmente, eu continuo mantendo a empresa nas minhas recomendações e, em todos esses anos, poucas vezes ela foi retirada. É uma empresa que pode ter se valorizado muito em 2020, mas mesmo assim ainda possui uma grande capacidade de entregar resultados”.
Hoje, me sinto mais confortável com Weg na minha carteira do que Petrobrás, apesar de ter as duas. Vejo a Weg existindo daqui 30 anos com mais certeza do que a empresa mais valiosa da Bolsa.
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