- O saudoso cantor e compositor Tim Maia, ao dizer que “gritaria ao mundo inteiro, não quero dinheiro, eu só quero amar” trouxe, com muita arte, a temática dos conflitos financeiros em relações amorosas
- Ter ou não ter conta conjunta? Fazer ou não pacto nupcial? Dividir despesas do dia a dia? Compartilhar ou ocultar compras, investimentos ou projetos? São muitas polêmicas envolvendo relacionamentos e finanças
- Veja cinco reflexões para colaborar com hábitos mais saudáveis em uma relação
O dia 14 de fevereiro é conhecido como o dia mais romântico do mundo, como a data internacional do amor. O Valentine’s Day, ou Dia de São Valentim, em português, foi instituído em homenagem ao padre Valentim, preso por fazer casamentos escondidos para evitar a determinação do imperador de que soldados deveriam ficar solteiros.
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No Brasil é equivalente ao Dia dos Namorados, instituído em 12 de junho para fins comerciais, a partir do sucesso de uma campanha publicitária que dizia “Não é só de beijos que se prova o amor” e “Não se esqueçam: amor com amor se paga”.
O saudoso cantor e compositor Tim Maia, ao dizer que “gritaria ao mundo inteiro, não quero dinheiro, eu só quero amar” trouxe, com muita arte, a temática dos conflitos financeiros em relações amorosas.
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A dupla amor e dinheiro é polêmica, e muitas são as questões filosóficas que envolvem esse par. Entre elas estão autonomia, poder, segurança e prazer, traduzidas em situações práticas como ter ou não ter conta conjunta, fazer ou não pacto nupcial, dividir despesas do dia a dia, compartilhar ou ocultar compras, investimentos ou projetos.
Se relacionamentos começam por atração física, sexual e intelectual, muitas vezes acabam por assuntos financeiros. O assunto é complexo. Sem a pretensão de dar fórmula pronta, trago aqui cinco reflexões para colaborar com hábitos mais saudáveis em uma relação:
1) Relacionamentos humanos são bens preciosos e precisam ser cuidados
Uma pesquisa feita pela London School of Economics apontou que estar em um relacionamento amoroso eleva o nível de felicidade três vezes mais do que aumentar o salário. Humanos são seres relacionais e precisam estar conectados uns aos outros.
2) Relacionamentos são investimentos que precisam de dedicação e conhecimento
A melhor prática para conhecer o par amoroso é a empatia e a escuta atenta. Aquilo que é importante para um nem sempre é para outro, e muitas vezes as brigas por dinheiro acontecem por divergência de opiniões e valores pessoais. Saber o que o outro sente ou pensa, entender as motivações sem julgamento e colocar-se no lugar do outro são ótimos passos para soluções conciliadoras de conflitos;
3) Confiança é fundamental para a saúde de relacionamentos
Confiança é a base para relações de longo prazo, para alinhamento de sonhos. É ela que vai garantir a segurança para vencer obstáculos juntos. Não há confiança sem transparência. Por isso, pense duas vezes se vale a pena esconder assuntos financeiros. O melhor caminho para solucionar divergências é o diálogo positivo;
4) Liberdade, Igualdade e Fraternidade
É quase impossível garantir que entre duas pessoas diferentes exista situações financeiras 100% igualitárias ao longo de uma vida a dois. O desequilíbrio financeiro pode ter início na riqueza das famílias de origem e por várias situações como enfermidade, desemprego, escolhas ou mudanças de carreira.
O importante é o respeito mútuo e o equilíbrio emocional de poderes. É muito prejudicial quando o dinheiro é usado como controle coercitivo. Um casal saudável respeita a autonomia, a individualidade de cada um e estabelece apoio recíproco como um time;
5) Hábitos financeiros disfuncionais podem ser tratados
Se há comportamentos que atrapalham a vida financeira do casal, é possível trabalhá-los. O importante é reconhecê-los e buscar ajuda. Tapar o sol com a peneira só aumenta o problema e alimenta uma relação doentia.
Então, meu caro e minha cara, aproveite a fase de namoro para conhecer seu parceiro(a) e principalmente construir uma relação saudável com o dinheiro em casal. Mas, se você já está em um relacionamento e tem problemas com o tema ou se você se depara com insucessos amorosos frequentes por conta do assunto dinheiro, é importante buscar ajuda psicológica especializada para trabalhar crenças, valores e comportamentos financeiros mais equilibrados e construtivos, que colaborem para uma vida amorosa feliz.