Fachada da Bolsa de Valores. (Foto: Divulgação/B3)
É muito comum investidores menos experientes comprarem ações e se desfazerem delas assim que a primeira crise derruba os preços. Atitude desesperada cujo resultado é o prejuízo. Mas como não se preocupar ao ver o capital investido com a finalidade de gerar ganhos caminhar no sentido oposto, gerando perdas? O fato é que investir em ações é a forma mais eficaz para se conquistar a liberdade financeira. E o sobe e desce dos preços é um fator secundário neste processo. A tática é buscar ativos que pagam dividendos e turbiná-los com base na estratégia das opções.
O baixo entendimento sobre mercado financeiro faz com que as pessoas que resolvem arriscar na Bolsa de Valores associem o preço das ações ao próprio desempenho da companhia no dia a dia. Sendo assim, para elas, quando o valor do papel cai é porque a empresa em si não está bem. Mas não é bem assim. Há situações em que a queda realmente está ligada à saúde financeira da corporação, mas na maioria dos casos é apenas reflexo das expectativas do mercado.
A dica é não comprar ações pensando apenas na rentabilidade proporcionada pelo possível aumento de preço dos papéis escolhidos. O certo é adquirir ações de empresas pagadoras de dividendos porque mesmo que haja uma variação negativa do ativo na Bolsa de Valores, o investidor ainda ganha com a distribuição de lucros, minimizando os impactos do sobe e desce do mercado.
A volatilidade das ações é algo natural no mercado financeiro. Sempre será assim. O que importa é a saúde financeira da empresa, que pode ser atestada analisando os balanços que são publicados trimestralmente. Se a empresa está saudável e as expectativas são boas para o negócio dela, então vale a pena comprar ações porque ela continuará a ter lucro para ser distribuído. Aliás, conforme o cenário político e econômico, é comum o mercado precificar para baixo papéis de empresas saudáveis, o que é bom para o investidor, pois com preço menor dá para comprar mais cotas e receber proporcionalmente mais dividendos. Claro que isso tem de ser analisado antes.
É possível duplicar ou até mesmo triplicar os ganhos de ações de empresas saudáveis
Outra questão é que é possível duplicar ou até mesmo triplicar os ganhos dessas ações usando como estratégia o mercado de opções. Segundo a própria B3, opções são contratos que dão direito de comprar ou vender uma determinada ação por um determinado preço até uma determinada data. Esses contratos podem ser padronizados e negociados em pregão nas bolsas de valores. Eles são úteis tanto para gerenciar riscos quanto para especulação.
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Para facilitar a compreensão sobre a vantagem das opções na rentabilidade das ações, pense em um investimento inicial de R$ 50 mil com juros de 0,80% ao mês, que é o resultado médio da Bolsa de Valores. Neste exemplo, se incluem aportes de R$ 1 mil por mês pelo prazo de 360 meses. Ao final, os R$ 50 mil terão se transformado em R$ 2,97 milhões. Pode até parecer um bom resultado, mas imagine qual seria o retorno se o investidor conseguisse aumentar o juro mensal em 0,3%? Parece pouco, mas esse percentual pode gerar resultados extraordinários no longo prazo.
E 0,3% é algo que qualquer um consegue fazer com estratégias superconservadoras e seguras com opções. Somando esse percentual extra, a rentabilidade passaria de 0,80% para 1,1% ao mês. Considerando o mesmo prazo, montante inicial e aporte mensal, ao final, o investidor terá ganho R$ 7,2 milhões. Ou seja, R$ 4,23 milhões a mais no mesmo período e com pouco esforço, bastando ter apenas um pouco mais de conhecimento. Agora, imagine se a adição fosse de 0,5% e não de 0,3%. O valor final seria de R$ 13,3 milhões.
Existem várias estratégias que usam opções e que tornam possível aumentar exponencialmente a rentabilidade das ações. E isso de maneira bem conservadora, sem arriscar muito o capital. Claro que não são todas as ações que têm opções e, entre as que têm, é preciso buscar aquelas com boa liquidez. Meu conselho é que o investidor aprenda a usá-la e conquiste sua liberdade financeira a tempo de aproveitar bem o dinheiro.
