• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Quais são os desafios que o Drex, o real digital, deve enfrentar

A mudança poderá ser um marco na política monetária, tal como foi o Plano Real

Por Lorena Botelho e Diego Orenstein, respectivamente sócia e associado do Peck Advogados

07/08/2023 | 18:39 Atualização: 08/08/2023 | 7:21

Receba esta Coluna no seu e-mail
Foto: Envato Elements
Foto: Envato Elements

Em 2020, o Banco Central do Brasil criou um grupo de trabalho para estudar a emissão do real digital, uma moeda digital com características de “stablecoin”. Ou seja: uma moeda digital estável, não sujeita à volatilidade especulativa do mercado de criptoativos (como o Bitcoin, por exemplo).

Leia mais:
  • O que é tokenização e por que ela pode revolucionar os investimentos
  • BC planeja integrar Pix, Open Finance e Real Digital; entenda
  • Bancos recebem alerta contra criptomoedas; entenda o porquê
Cotações
17/11/2025 2h33 (delay 15min)
Câmbio
17/11/2025 2h33 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Os governos ao redor do mundo têm demonstrado interesse na utilização de moedas CBDC (Central Bank Digital Currency) por manterem preços estáveis e por facilitarem transações que vão além de traders especulando com variações mercadológicas.

Os governos de países emergentes, principalmente, têm-se empenhado cada vez mais em projetos relacionados às CBDCs. A fase do seu envolvimento – investigação, projeto-piloto ou lançamento – varia de acordo com as particularidades e circunstâncias de cada país, tais como a disponibilidade de infraestrutura digital, a sua concentração em diferentes objetivos políticos e as motivações e preocupações inerentes.

Publicidade

As  CBDCs dos países que estudam ou já implementaram moedas digitais possuem características próprias de acordo com a respectiva jurisdição, mas, de forma geral, têm por objetivo modernizar o sistema financeiro.

Por outro lado, a regulamentação desse tipo de ativo digital também tem levantado preocupação de alguns governos por uma suposta ameaça à estabilidade financeira, além de questões envolvendo segurança digital e privacidade de dados que merecem um debate mais aprofundado.

Nos EUA, o Federal Reserve ainda está estudando a implementação de uma CBDC, a qual dependerá de aprovação no congresso americano. A China, por sua vez, já implementou o Yuan digital, chamado de e-RMB, que pode ser utilizado pelo app e-CNY, disponível nas plataformas digitais para celular. Outros países, como Suécia, Bahamas, Nigéria e Camboja, são algumas das nações que já possuem CBDCs implementadas pelos respectivos bancos centrais.

No Brasil especificamente, desde a implantação do Plano Real em 1994, o BACEN tem se destacado como autoridade responsável pela garantia e estabilidade monetária do país, agindo com independência e zelando pela manutenção de um sistema financeiro nacional sólido e atrativo para investidores, sempre alinhado com a política monetária brasileira e atento às constantes transformações da sociedade e dos sistemas de pagamento, como as CBDCs.

Publicidade

É importante destacar a Agenda BC#, em que o BACEN manifesta publicamente seus objetivos: garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo e fomentar o bem-estar econômico da sociedade, fundamentado nos pilares de inclusão, competitividade, transparência, educação, sustentabilidade e excelência.

Dentro da Agenda BC#, o projeto do real digital foi concebido num contexto de pandemia, em que as interações no meio digital se demostraram cada vez mais necessárias. Nessa conjuntura, o BACEN apresentou o cronograma para a criação e implementação da CBDC brasileira, o Drex.

O BACEN declarou recentemente, por meio de sua diretoria, que o real digital deve mudar o sistema financeiro do Brasil, ao promover novas modalidades de financiamentos a empreendimentos na economia brasileira, destacando que as CBDCs são um novo movimento no mercado financeiro.

Entretanto, ainda não está completamente claro em que situações o real digital será utilizado de fato. No começo deste ano, foi feita uma declaração pela diretoria do BACEN de que a CBDC do Brasil valerá apenas para grandes transações dos bancos no atacado; já para o varejo, a CBDC será uma stablecoin emitida por instituições financeiras e lastrada na CBDC do atacado.

Publicidade

Nessa linha, o BACEN publicou em seu site uma seção de perguntas e respostas, diferenciando a “CBDC de atacado” e a “CBDC de varejo”:

“Uma CBDC de atacado é voltada apenas para transações de elevados valores, normalmente entre participante do sistema financeiro – bancos, cooperativas, instituições de pagamento etc – e eventualmente envolvendo grandes empresas.

Já uma CBDC de varejo é voltada para atender às necessidades de pagamento e liquidação de indivíduos e empresas de todos os portes, podendo ser utilizada para pagamentos e para operações financeiras cotidianas em quaisquer faixas de valores.”

Ou seja, aparentemente teremos duas nomenclaturas – e finalidades – para o real digital, embora supostamente somente a CBDC de atacado será implementada num primeiro momento, uma vez que o Real Digital apresentado no projeto piloto tem característica de stablecoin baseadas em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), dando suporte para “depósitos tokenizados”, ou seja, para os depósitos realizados  com o real tokenizado entre bancos. Independentemente de qual CBDC vier a ser implementada, ambas CBDCs de varejo e de atacado terão os mesmos desafios.

Publicidade

Já existe um movimento entre os bancos comerciais para a implementação do Real Digital. Muitos deles estão destacando uma equipe própria para testar a tokenização do real dentro de suas estruturas.

Os bancos comerciais têm interesse na CBDC brasileira, pois tudo indica que serão esses bancos comerciais os responsáveis por emiti-la, colocando a moeda digital em circulação para o grande público.

No que se refere à tecnologia a ser utilizada, o BACEN optou pela Hyperledge Besu, uma DLT (sigla para Distributed Ledger Technology), que registra as transações realizadas pelos usuários. Trata-se de uma tecnologia que usa componentes da rede Ethereum, permitindo a criação e o gerenciamento de aplicativos descentralizados de forma facilitada e escalável, podendo ser utilizada de forma híbrida, ou seja: tanto em uma rede pública (como blockchain transacionando criptomoedas) quanto em uma rede privada (registrando transações de tokens, com uma camada de privacidade entre as partes).

No caso do real digital, ela será utilizada em uma rede fechada e controlada pelo próprio BACEN, de forma permissionada por terceiros autorizados pelo BACEN (leia-se: instituições financeiras, de meios de pagamento e outros órgãos do Governo). Isso quer dizer que o acesso à rede não será público, e somente o BACEN e os permissionados poderão operá-la, uma vez que o Besu utiliza Prova de Autoridade (PoA) para validar transações e, estando em um pequeno grupo fechado de instituições que se conhecem e interagem entre si, permite-se que as transações sejam validadas dentro da rede privada por esse grupo.

Publicidade

Para que a empreitada do BACEN no segmento de CBDCs seja bem sucedida, o real digital necessitará, além de ampla discussão do seu marco regulatório junto à sociedade, preencher alguns requisitos inerentes às próprias moedas digitais de forma geral. Um deles, talvez o mais importante, é o de aceitação pela população.

E aqui não estamos falando somente da população brasileira, mas também da comunidade internacional, uma vez que uma das finalidades a que uma CBDC se propõe é a de facilitar transações entre países.

Além da aceitação, o real digital deverá se mostrar relevante, no sentido de provar que supre uma necessidade ou uma carência. Em tempos de PIX, em que os pagamentos são feitos de forma instantânea e conveniente através dos smartphones, quais são as circunstâncias em que ele será demandado?

Nesse tema, o real digital se apresenta como um pix mais “avançado”, pois vai além de um meio de pagamento: trata-se de uma proposta de digitalização da economia e da sociedade como um todo; da atualização do Sistema de Transferência de Reservas (STR), incorporando conceitos e tecnologias de “smart contracts” e “dinheiro programável”, facilitando transações entre partes no ambiente digital.

Publicidade

O BACEN também terá o desafio de educar à população sobre a utilização da moeda digital que pretende implementar. O mercado de criptomoedas é restrito, para não falar nichado, e conceitos como “blockchain”, “tokens” e “carteira digital”, entre outras terminologias a ele atreladas, são difíceis de assimilação pelo grande público.

Nesse sentido, o papel do BACEN será de ensinar à população, de forma didática e verossímil, sobre como utilizar o real digital, seja de varejo ou de atacado, no dia-a-dia, até porque os demais requisitos para que a moeda digital tupiniquim prospere são: acessibilidade e liquidez.

O Real Digital deverá ser acessível a todos, independentemente da localização ou situação financeira do cidadão, e deverá ser fácil de se comprar, vender ou trocar, de modo a ser aceito e utilizado por um número relevante de pessoas físicas e jurídicas.

Por fim, mas não menos importante, o real digital deverá ser transparente e seguro. A moeda digital brasileira deverá manter registros públicos e ser imune a ataques e interferências externas, protegendo também os dados dos usuários, em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados e com as melhores práticas de cyber segurança.

É preciso destacar esses pontos pois o desenvolvedor brasileiro Pedro Magalhães, ao aplicar engenharia reversa no código do projeto piloto do CBDC brasileiro, encontrou certas “funções” em referido código, as quais permitem ao BACEN (ou ao permissionário, conforme o caso) congelar ou até mesmo reduzir o saldo das carteiras digitais. Apesar dessa descoberta, devemos ressaltar que o BACEN, quando liberou o código do real digital para testes, explicou à época que a liberação se deu para uso restrito a experimentações, e que a arquitetura apresentada estaria sujeita a alterações.

O BACEN tem a missão de demonstrar que o Real Digital será seguro e que estará protegido de interferências externas e que a privacidade dos seus usuários será preservada. Isso é extremamente relevante, para que erros do passado recente da histórica político-financeira do Brasil não se repitam e condenem o projeto de uma CBDC brasileira.

Também é preciso assegurar que a tecnologia da Hyperledge Besu a ser utilizada para transacionar o real Ddigital é uma rede confiável, pois se trata de um projeto colaborativo open source, sendo necessários que se façam muitos teses para garantir um funcionamento estável e isento de falhas.

É louvável que o Banco Central do Brasil, instituição autônoma e imprescindível para o funcionamento o sistema financeiro nacional, esteja acompanhando as transformações do mercado monetário digital, ao instituir um projeto para a criação da sua própria CBDC, um tema que tem sido estudado por diversos governos ao redor do mundo.

O projeto do real digital, uma moeda estável e resistente a variações meramente especulativas do mercado de criptoativos em geral, poderá ser um marco na política monetária, tal como foi o Plano Real, desde que a moeda digital oficial brasileira, quando finalmente lançada, atenda aos requisitos de aceitação, relevância, acessibilidade, liquidez, transparência e segurança, após amplo de bate sobre a sua regulamentação pela sociedade brasileira e os devidos esclarecimentos à população sobre as suas finalidades, características e garantia de um funcionamento seguro e estável para todos que forem utilizá-la.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Banco Central
  • Bancos Centrais
  • CBDC
  • Criptomoedas
  • Pagamentos
  • Real Digital (RD)
  • Segurança
  • Tecnologia

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Como montar uma carteira de fundos imobiliários equilibrada entre FIIs de tijolo e papel

  • 2

    Quanto uma pessoa precisa juntar para se aposentar? Veja como chegar lá

  • 3

    Ibovespa hoje: MBRF (MBRF3) salta mais de 11% no dia e 33% na semana; Yduqs (YDUQ3) tomba

  • 4

    Contas globais ganham força no Brasil; entenda os cuidados antes de escolher uma

  • 5

    Nubank surpreende com lucro robusto e desempenho superior aos bancos tradicionais: a análise dos resultados do 3T25

Publicidade

Quer ler as Colunas de Espaço do Especialista em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Como montar uma reserva de emergência para o seu pet em 2025
Logo E-Investidor
Como montar uma reserva de emergência para o seu pet em 2025
Imagem principal sobre o Fies: quem pode aderir à renegociação?
Logo E-Investidor
Fies: quem pode aderir à renegociação?
Imagem principal sobre o Bolsa Família: beneficiários têm até dezembro para fazer acompanhamento em saúde; veja onde
Logo E-Investidor
Bolsa Família: beneficiários têm até dezembro para fazer acompanhamento em saúde; veja onde
Imagem principal sobre o Detran-SP: o que é a LIVE – Liberação Instantânea de Veículos
Logo E-Investidor
Detran-SP: o que é a LIVE – Liberação Instantânea de Veículos
Imagem principal sobre o INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Logo E-Investidor
INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Imagem principal sobre o INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Logo E-Investidor
INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Imagem principal sobre o Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Logo E-Investidor
Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Imagem principal sobre o Fies: até quando estudantes podem renegociar dívidas? Veja prazo
Logo E-Investidor
Fies: até quando estudantes podem renegociar dívidas? Veja prazo
Últimas: Colunas
A distorção inconstitucional do IRPF mínimo sobre doações
Samir Choaib
A distorção inconstitucional do IRPF mínimo sobre doações

A inclusão de doações da parte não legítima na base de cálculo do imposto mínimo é um desvio conceitual que ameaça a lógica do sistema tributário brasileiro e acende o alerta para distorções e excessos na busca por arrecadação

16/11/2025 | 12h00 | Por Samir Choaib
Fadiga de IA e o doping corporativo: quando eficiência vira exaustão
Ana Paula Hornos
Fadiga de IA e o doping corporativo: quando eficiência vira exaustão

A era da inteligência artificial trouxe pressa, padronização e um novo tipo de cansaço que ameaça a autenticidade humana e empresarial

15/11/2025 | 12h00 | Por Ana Paula Hornos
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco
Fabrizio Gueratto
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco

Conferência global em Belém consolida a transição climática como variável financeira e força investidores a recalibrar portfólios diante do novo custo do carbono

13/11/2025 | 14h54 | Por Fabrizio Gueratto
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes
Einar Rivero
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes

Paralisação do governo americano interrompe divulgação de indicadores e deixa o Federal Reserve sem bússola para definir o rumo da taxa básica

12/11/2025 | 14h00 | Por Einar Rivero

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador