Falando de dinheiro

CEO da Atom Educacional e sócia fundadora do Instituto Êxito. Está há mais de 11 anos atuando no mercado financeiro. Desde sua primeira operação, até hoje seu foco sempre foi no day trade. Carol é uma das poucas mulheres que se arriscaram nessa profissão e vem encorajando centenas de mulheres a começar a investir na bolsa de valores. Desde 2020 faz parte do elenco do game show Shark Tank Brasil.

Carol Paiffer

O que você precisa saber ao investir em startups

É preciso estar ciente dos riscos, ter caixa e conhecimento para agregar ao negócio

O investimento em startups vem crescendo e atraindo pessoas físicas e jurídicas. (Foto: Envato Elements)
  • O investimento em startups vem crescendo e atraindo tanto pessoas físicas quanto jurídicas. A ideia de ser sócio de uma startup e ter lucro conforme ela cresce e se estabelece no mercado é tentadora
  • Porém, isso é algo sério e você não pode simplesmente investir na ideia do vizinho
  • Antes de se tornar sócio de um negócio, você precisa saber que tipo de risco ele está apresentando, os números, o nicho do mercado e o quanto você pode agregar no empreendimento

O investimento em startups vem crescendo e atraindo pessoas físicas e jurídicas. A ideia de ser sócio de uma startup e ter lucro conforme ela cresce e se estabelece no mercado é tentadora e boa como um todo: para o empreendedor e para quem confia no potencial do negócio.

Porém, isso é algo sério e você não pode simplesmente investir na ideia do vizinho. Colocar dinheiro em uma startup tem os seus riscos, assim como qualquer outro investimento. É preciso estar ciente destes riscos, ter caixa e conhecimento para investir e agregar no negócio.

Mais importante que o dinheiro investido são as formas que o investidor pode agregar no empreendimento com o smart money, networking, processos e experiência de mercado.

Como faço para investir em startups?

Existem várias formas de se investir em startups hoje como investidor anjo; por meio de aceleradoras; via investimento seed (semente), plataformas de investimentos, séries A,B,C e claro, pelo tão conhecido Shark Tank Brasil.

No entanto, para chegar no Shark Tank, existe um longo caminho. Eu comecei a investir por meio da Bossa Nova Investimentos, onde há mais pessoas investindo junto comigo pelos pools. É uma boa opção para quem está começando, tem caixa e quer diversificar seus investimentos e riscos.

Antes de se tornar sócio de um negócio, você precisa saber que tipo de risco ele está apresentando, os números (caixa, margem, lucro etc), o nicho do mercado e o quanto você pode agregar no empreendimento. Além, é claro, de entender se o propósito do empreendedor é algo que você compactua.

Nunca entre em um negócio visando apenas o lucro. É a receita do desastre.

Algo que sempre faço questão ao investir em empreendedores do Shark Tank Brasil é a clareza do propósito do empreendedor, a paixão dele pelo negócio e formas que eu possa agregar além do meu dinheiro.

E os números! Sempre olhe os números ao investir em uma startup.

Agora, vamos entender melhor cada forma de investir.

Investidor anjo

O investidor anjo é aquele que usa o dinheiro do próprio bolso para investir nas empresas e pode dividir o risco entre duas ou mais pessoas.

O ideal é que o investidor anjo tenha uma rede de contatos; conhecimento e expertise no segmento investido e um bom histórico no empreendedorismo.

Aceleradoras

As aceleradoras são excelentes para os negócios que estão começando e acabam sendo uma forma de impulsionar os empreendimentos.

Isso é possível por conta da estrutura que a instituição pode proporcionar como o aporte financeiro, mentorias empresariais, suporte tecnológico, jurídico e até mesmo na área de tecnologia.

Investimento Semente:

Esse tipo de investimento se assemelha a um fundo de investimento, já que se trata de um grupo de pessoas que se reúnem para investir em negócios inovadores no mercado, diluindo os riscos por pessoa.

Plataformas de investimentos:

Essa é uma modalidade nova e, de acordo com dados da CVM, há cerca de 9 mil investidores usando plataformas digitais para investir.

Aqui, as startups já estão mais estabelecidas, já validaram os produtos, serviços e o mercado que atuam.

Séries A,B,C (rodadas de investimentos)

A Série A se trata da primeira rodada de captação de investimentos. Essas rodadas podem seguir para B, C, D e se estender pelo alfabeto.

Essa forma de investir é comum para os investidores institucionais quando aportam em startups que estão crescendo de forma acelerada.

Shark Tank Brasil

Para sentar nas cadeiras do Shark Tank Brasil, precisa ser um investidor profissional e um empreendedor que esteja disposto a acelerar os negócios.

Mais do que dinheiro, o Shark precisa acompanhar os investimentos, ajudar a potencializar os processos, usar seu networking e desenvolver o empreendedor para que a liderança dele seja efetiva sobre o time. Assim, os resultados combinados no pitch podem se concretizar.

O mercado de startups tem muito espaço para crescer no Brasil, além de ser uma forma de ser multi-receita. Preparado para começar a investir em startups?

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