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Colunista

Mulheres e o mercado financeiro: a necessidade de democratizar e equilibrar esse cenário

Elas costumam ser detalhistas, trabalham muito bem a paciência e se mostram bem organizadas para executar os planejamentos

(Foto: Envato Elements)
(Foto: Envato Elements)

Se mulheres já possuem múltiplas funções e atividades, por que não também múltiplas rendas? Por que não empreender? Investir? Para isso, é necessário despertar a inspiração de se reinventar, mostrar que o mercado financeiro é também para elas e que é possível, cada vez mais, fazer com que esse cenário, até então mais ocupado por homens, seja também construído por elas, por nós.

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De forma geral, quando inseridas nesse ambiente, mulheres costumam ser detalhistas, trabalham muito bem a paciência e se mostram bem organizadas para executar os planejamentos de operações vistos na teoria. Essa é uma visão que adquiri na prática, ensinando mulheres.

Mas como tornar o mercado financeiro mais diverso e, assim, transformar esse ambiente? Por meio de incentivos, de dar o espaço para que elas falem, perguntem, atuem, se sintam à vontade para agir. Por meio da educação financeira acessível, sem desdéns. Essa deve ser a bandeira, que é apenas uma bandeira justa se for capaz de abraçar a todos. Todos aqueles e todas aquelas.

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É por meio do estudo que construímos o caminho para a liberdade e deixamos de ser reféns do salário, do emprego e de situações sufocantes. E é por meio do estudo que os investimentos e o empreendedorismo se democratizam, alcançam novas pessoas, inclusive aquela parcela pouco inserida no tema, como é o caso das mulheres.

Até não muito tempo atrás, mulheres não podiam nem ter conta em banco, imagine operar na bolsa. Não podiam trabalhar fora sem a autorização do marido, que dirá empreender. E jamais eram incentivadas a falar sobre dinheiro ou mesmo podiam participar ativamente do planejamento financeiro do próprio lar. São anos e anos de atitudes de exclusão que as deixaram cada vez mais longe desse tipo de conhecimento.

Claro que já houve mudanças, mas a balança ainda é desproporcional nesse quesito.

Segundo a B3, a Bolsa de Valores oficial do Brasil, 25,72% dos CPFs cadastrados como investidores representam as mulheres. Isso até outubro de 2020.

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O que nos mostra que o caminho a percorrer para dinamizar o mercado financeiro, apesar de já estar sendo trilhado, ainda é longo. Não só em questão de investidoras, mas também para cargos de assessoras, diretoras de instituições financeiras, presidentes e por aí segue.

Portanto, mulher, acredite no seu potencial e na sua capacidade de marcar presença em variadas e distintas funções. Todo início é difícil, penoso. Aprender não é fácil. Se reinventar pode ser assustador. Empreender, investir… Tudo isso, à princípio, pode parecer de outro mundo – mas não é! O segredo da mudança reside em se movimentar. Então, movimente-se!

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