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O motor invisível que transforma crédito em investimentos

Com crescimento recorde, fundos de direitos creditórios ampliam espaço no mercado, mas ainda concentram mais da metade dos recursos em poucos segmentos

Por Einar Rivero

17/09/2025 | 15:56 Atualização: 17/09/2025 | 15:56

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Os FIDCs atingiram R$ 675,3 bilhões em julho de 2025, com destaque para o salto de recebíveis médicos e a concentração em segmentos comerciais e multiclasse. Entenda riscos e oportunidades. (Imagem: Adobe Stock)
Os FIDCs atingiram R$ 675,3 bilhões em julho de 2025, com destaque para o salto de recebíveis médicos e a concentração em segmentos comerciais e multiclasse. Entenda riscos e oportunidades. (Imagem: Adobe Stock)

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDCs, no jargão do mercado financeiro – têm uma presença na economia bem mais abrangente do que o nome pode sugerir. Quando uma empresa antecipa o recebimento de vendas a prazo, quando um banco organiza carteiras de financiamentos, ou quando uma rede de lojas busca transformar duplicatas em liquidez, lá estão os FIDCs.

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Em essência, esses fundos compram direitos creditórios (isto é, valores que uma empresa tem a receber no futuro) e os transformam em ativos para investidores.

Para as empresas, os FIDCs funcionam como uma fonte alternativa de financiamento. Para os investidores, uma forma de aplicar recursos com retorno atrelado ao risco de crédito. E para o mercado, cumprem a função de ampliar e diversificar o acesso ao capital, reduzindo a dependência do sistema bancário tradicional.

Mercado em expansão

Evolução do carteira de FIDC’s  por segmento em R$ milhões
Ativos-Lastro dez./24 jan./25 Feb 25 mar./25 Apr 25 May 25 jun./25 jul./25
Total Carteiras 563.471 566.931 578.278 587.280 600.553 606.743 667.038 675.374
Recebíveis Comerciais 205.751 205.898 212.073 214.395 217.488 223.292 262.996 269.167
Multiclasse 86.206 86.720 88.872 90.365 92.723 98.032 100.264 102.417
Crédito Pessoal 78.777 80.205 81.292 82.999 85.251 86.802 91.388 92.029
Crédito Pessoa Jurídica 49.026 48.170 49.118 49.158 51.768 48.440 46.651 45.816
Ações Judiciais e Precatórios 35.731 36.066 35.256 36.361 38.298 39.620 41.066 41.626
Setor Público 27.846 27.517 27.757 27.601 27.753 25.884 28.356 28.334
Financiamento de Veículos 20.925 20.488 21.082 20.958 21.074 20.531 22.446 23.025
Recebíveis do Agronegócio 21.848 22.597 22.862 23.502 23.370 21.227 20.105 18.615
Prestação de Serviço Público 6.995 7.020 8.024 8.925 8.957 10.331 12.630 12.717
Títulos Mobiliários 5.673 6.979 7.219 7.509 8.589 8.984 10.705 11.480
FIAGRO 7.606 8.033 7.681 7.888 7.866 7.483 7.834 7.160
Recebíveis Médicos 502 499 463 460 470 466 6.959 6.944
Recebíveis Educacionais 6.400 6.562 6.281 6.977 6.767 5.651 5.420 5.437
Crédito Imobiliário 4.931 4.967 5.047 4.985 4.918 4.886 4.993 5.142
Direitos 2.920 2.844 2.844 2.828 2.830 2.646 2.689 2.848
Tributos 1.865 1.884 1.921 1.888 1.934 1.964 2.026 2.109
Aluguel 471 484 486 481 497 504 509 509
Elos Ayta / UQBAR

De acordo com levantamento da Elos Ayta com base nos dados da plataforma Uqbar, a carteira de FIDCs atingiu em julho de 2025 o recorde de R$ 675,3 bilhões, crescimento de 19,86% em relação a dezembro de 2024.

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O destaque vem do segmento de Recebíveis Médicos, que saltou de R$ 502 milhões em dezembro para R$ 6,9 bilhões em julho, um avanço superior a 1.200%. Na segunda posição aparece o segmento de Títulos Mobiliários, que mais que dobrou de tamanho (+102%), alcançando R$ 11,4 bilhões. A categoria Prestação de Serviço Público completa o pódio de maiores crescimentos, com alta de 81,79%, chegando a R$ 12,7 bilhões. A classificação dos segmentos segue a metodologia própria da plataforma Uqbar, que cruza informações dos informes mensais e regulamentos dos fundos.

Na ponta negativa, o setor de Recebíveis Educacionais encolheu 15,04%, com uma perda de R$ 963 milhões desde dezembro. Os Recebíveis do Agronegócio também recuaram (-14,79%), assim como o Crédito Pessoa Jurídica, que caiu 6,55% no período.

Um ponto adicional é a estabilidade de segmentos tradicionais como Crédito Pessoal, que cresceu apenas 11,7% no período, e Financiamento de Veículos, que avançou 10% até julho. Ou seja, o crescimento de novos nichos foi muito mais acelerado que o desses setores clássicos do crédito.

Faca de dois gumes

Participação percentual por segmento das carteiras de FIDC’s
dez/24 jan/25 fev/25 mar/25 abr/25 mai/25 jun/25 jul/25
Recebíveis Comerciais 36,5% 36,3% 36,7% 36,5% 36,2% 36,8% 39,4% 39,9%
Multiclasse 15,3% 15,3% 15,4% 15,4% 15,4% 16,2% 15,0% 15,2%
Crédito Pessoal 14,0% 14,1% 14,1% 14,1% 14,2% 14,3% 13,7% 13,6%
Crédito Pessoa Jurídica 8,7% 8,5% 8,5% 8,4% 8,6% 8,0% 7,0% 6,8%
Ações Judiciais e Precatórios 6,3% 6,4% 6,1% 6,2% 6,4% 6,5% 6,2% 6,2%
Setor Público 4,9% 4,9% 4,8% 4,7% 4,6% 4,3% 4,3% 4,2%
Financiamento de Veículos 3,7% 3,6% 3,6% 3,6% 3,5% 3,4% 3,4% 3,4%
Recebíveis do Agronegócio 3,9% 4,0% 4,0% 4,0% 3,9% 3,5% 3,0% 2,8%
Prestação de Serviço Público 1,2% 1,2% 1,4% 1,5% 1,5% 1,7% 1,9% 1,9%
Títulos Mobiliários 1,0% 1,2% 1,2% 1,3% 1,4% 1,5% 1,6% 1,7%
FIAGRO 1,3% 1,4% 1,3% 1,3% 1,3% 1,2% 1,2% 1,1%
Recebíveis Médicos 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 1,0% 1,0%
Recebíveis Educacionais 1,1% 1,2% 1,1% 1,2% 1,1% 0,9% 0,8% 0,8%
Crédito Imobiliário 0,9% 0,9% 0,9% 0,8% 0,8% 0,8% 0,7% 0,8%
Direitos 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4%
Tributos 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3%
Aluguel 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1%
Elos Ayta / UQBAR

Um dado salta aos olhos: os segmentos de Recebíveis Comerciais e Multiclasse concentram juntos mais de 50% do patrimônio dos FIDCs. Em julho, a participação chegou a 55,0%, a maior desde dezembro de 2024, quando era de 51,8%.

Essa concentração patrimonial é uma faca de dois gumes. De um lado, ela deixa clara a relevância estratégica desses setores na engrenagem dos FIDCs – são, afinal, os setores que mais geram recebíveis e onde a indústria encontra maior liquidez e escala. Mas há risco de dependência. Choques no crédito ao consumo ou no segmento de multiclasse poderiam impactar de forma desproporcional o mercado de FIDCs como um todo.

Um elo vital

Os FIDCs têm um papel essencial no sistema financeiro brasileiro. Eles funcionam como pontes entre empresas e investidores, transformando recebíveis em liquidez e permitindo que recursos privados financiem diretamente a atividade econômica.

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Nos últimos anos, esse mercado se sofisticou, atraindo desde grandes fundos institucionais até family offices em busca de diversificação e maior rentabilidade. Ao mesmo tempo, ampliou a base de financiamento das empresas, especialmente em períodos de restrição de crédito bancário.

O que esperar?

FIDCs são muito mais do que uma sigla técnica: são um motor invisível do crédito no Brasil. Ao mesmo tempo em que ajudam empresas a manter o caixa saudável, oferecem aos investidores novas alternativas de retorno e fortalecem o mercado de capitais.

Se a concentração em segmentos como Recebíveis Comerciais e Multiclasse mostra a espinha dorsal dessa indústria, com todas as vantagens e riscos inerentes à concentração de recursos, o crescimento explosivo de nichos como saúde e serviços públicos abre espaço para uma diversificação que tende a tornar os FIDCs ainda mais relevantes no futuro.

Não por acaso, o setor de FIDCs será tema central das discussões ao longo do fórum de inovação financeira Uqbar Day 2025, a ser realizado em São Paulo no mês de outubro. Mais um sinal de que esse mercado deixou há muito tempo de ser coadjuvante quando o assunto é crédito.

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