• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Como a lealdade familiar pode prejudicar financeiramente os jovens

Sentimento de dívida pode sobrecarregar aqueles que quebram com o ciclo de pobreza familiar

Por Evandro Mello

23/07/2022 | 7:00 Atualização: 22/07/2022 | 14:03

Receba esta Coluna no seu e-mail
Sentimento de lealdade à família pode impedir ascensão profissional e financeira dos mais jovens. Foto: Envato Elements
Sentimento de lealdade à família pode impedir ascensão profissional e financeira dos mais jovens. Foto: Envato Elements

Romper com um padrão familiar, ousar sonhar e criar um caminho para atingir seus objetivos são viradas de chave capazes de mudar o mundo.

Leia mais:
  • Você já fez um raio-X da sua vida financeira?
  • As ferramentas para ajudar os jovens a saírem do comodismo financeiro
  • Como a tecnologia e a ciência influenciam as decisões financeiras
Cotações
25/10/2025 21h02 (delay 15min)
Câmbio
25/10/2025 21h02 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Mas se por um lado existe o trabalho duro e a satisfação pessoal por trás de cada pessoa que alcançou patamares inimagináveis para o seu contexto familiar, por outro isso gera uma carga de responsabilidade e cobrança capazes de colocar tudo a perder.

Pode reparar que em toda entrevista de garoto pobre que se destacou no futebol ou na música a resposta para a pergunta “qual o seu maior sonho?” tende a ser “ajudar a minha família”.

Publicidade

Nas aulas da Multiplicando Sonhos, esse padrão se repete. A maioria dos jovens sonha em poder dar uma vida melhor à sua família e se sente responsável por isso à medida em que tem acesso à informação e ao ensino superior. É o caso do Cauê Henrique de Souza, 20 anos, que foi aluno da MS na Escola Estadual Dom Pedro I, no extremo leste de São Paulo, em 2019.

Cauê, que cresceu na periferia, hoje estuda Medicina graças a uma bolsa de estudos que conseguiu por meio do Prouni, programa federal que oferece bolsas em universidades particulares do Brasil.

Para ele, isso só foi possível por conta do incentivo e apoio dos seus pais, avós e tios.

“Depois que eu me formar, quero ajudar meus pais por meio do meu trabalho. Considero isso um sonho e um gesto de agradecimento e retribuição por tudo o que fizeram por mim”, diz Cauê. “Minha família não tinha condições de pagar os melhores colégios de São Paulo, mas sempre me apoiaram e correram atrás, junto comigo, de oportunidades. Foi assim que consegui bolsas de estudos em colégios, cursinhos pré-vestibular e agora na faculdade”.

Lealdade familiar

Segundo Valéria Maria Meirelles, doutora em psicologia clínica com ênfase em psicologia do dinheiro e membro do Conselho Científico da Multiplicando Sonhos, esse sentimento de “dívida” com a família acontece por conta da teoria das lealdades familiares, que diz que tendemos a nos sentir responsáveis, ligados e dependentes do nosso núcleo familiar.

Publicidade

“Quando um jovem de família pobre tem muito sucesso, há um imaginário de que ele é obrigado a cuidar de todos daquele sistema familiar que não tiveram o mesmo sucesso. E isso pode gerar uma série de problemas”, explica Valéria.

Jovens que se sentem responsáveis pela família desde cedo tendem a desenvolver um estado de autocobrança muito grande. Sentem-se pressionados a terem uma alta performance o tempo inteiro e podem acabar passando dos próprios limites em relação aos estudos e trabalho, o que gera situações de adoecimento psíquico e pode levar inclusive a um burnout.

Não quer dizer que ajudar a família não seja algo positivo ou até mesmo nobre. Não há problema nenhum em colaborar para o bem-estar de quem está perto de você, em determinado ponto da sua vida, passa a ter uma condição financeira e/ou uma posição social que te permitam fazê-lo.

O problema é quando isso está atrelado a uma ideia de obrigação ou passa a prejudicar a pessoa de alguma forma.

Publicidade

“É preciso autoconhecimento e entendimento sobre essas relações familiares. O jovem deve entender que o seu sucesso é, claro, uma consequência do esforço dos pais, mas também do seu próprio esforço, de forma que ele consiga se apropriar das próprias competências”, diz Valéria. “Em alguns casos, é necessário também colocar limites para que o jovem não acabe carregando a família – não só os pais, mas também irmãos, sobrinhos, tios etc. – nas costas”.

Tirando o peso dos ombros

É obrigação dos pais e do Estado oferecer a todos os jovens condições dignas de vida e acesso a oportunidades. Esta deveria ser uma regra se vivêssemos em um mundo justo. Como não vivemos, tendemos a supervalorizar coisas básicas, como o apoio e inventivo dos pais para que estudemos até o ensino superior.

Entender que você não só pode como merece ter uma vida bem-sucedida é tão fundamental quanto sonhar. O amor, apoio e carinho da sua família deve ser retribuído na mesma moeda: com amor, apoio e carinho, sem cobranças.

Não é culpa sua que outras pessoas da sua família não tiveram as mesmas oportunidades que você. Ajude-os como puder. Muitas vezes, mais do que ajuda financeira, o seu familiar precisa de alguém que acredite nele tanto quanto acreditaram em você.

Por fim, ao Cauê, meu ex-aluno e agora professor voluntário da Multiplicando Sonhos, relembro o que ele mencionou como seu objetivo profissional:

Publicidade

“Tenho como objetivo profissional me tornar um médico bem capacitado e especializado no que desejo a fim de realizar um trabalho diferenciado, apoiado grandes nomes da área da Medicina, contribuindo e agregando conhecimentos novos. A parte financeira, acredito que vem como consequência do bom trabalho que irei realizar”.

Certamente, ao realizar esses objetivos, seus pais, tios e avós já se sentiram realizados.

Assim como o Cauê está rompendo com o padrão familiar, sonhando e criando o seu próprio caminho para atingir seus objetivos, sonho em encontrar muitos “Cauês” nas escolas da vida, que sejam capazes também de virar a chave e mudar o mundo!

Colaboração: Giovanna Castro e Andréa Tavares

Publicidade

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Comportamento
  • Conteúdo E-Investidor
  • dinheiro
  • Finanças

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Bastidores da segurança do Pix: entenda como o dinheiro circula, táticas dos criminosos e as novas regras do BC contra golpes

  • 2

    Lula e Trump: quais são as empresas da Bolsa de olho no encontro dos presidentes neste domingo

  • 3

    Taesa ou Isa Energia: as "vacas leiteiras" ainda valem a pena? Analistas elegem a favorita

  • 4

    Muito além das ações de IA: Warren Buffett investe mais de US$ 1 bilhão nestes três setores da economia

  • 5

    Ray Dalio revela seu clone de IA e garante que ele será capaz de fornecer dicas de investimentos

Publicidade

Quer ler as Colunas de Evandro Mello em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o FGTS pode ser usado no programa Reforma Casa Brasil? Entenda
Logo E-Investidor
FGTS pode ser usado no programa Reforma Casa Brasil? Entenda
Imagem principal sobre o Loteria Federal: quais são as chances de ganhar na extração de sábado?
Logo E-Investidor
Loteria Federal: quais são as chances de ganhar na extração de sábado?
Imagem principal sobre o Bastidores da segurança do Pix: entenda como o dinheiro circula, táticas dos criminosos e as novas regras do BC contra golpes
Logo E-Investidor
Bastidores da segurança do Pix: entenda como o dinheiro circula, táticas dos criminosos e as novas regras do BC contra golpes
Imagem principal sobre o Como usar o computador da maneira correta para evitar aumentos na conta de luz
Logo E-Investidor
Como usar o computador da maneira correta para evitar aumentos na conta de luz
Imagem principal sobre o Salário líquido: o que é e como calcular o valor corretamente
Logo E-Investidor
Salário líquido: o que é e como calcular o valor corretamente
Imagem principal sobre o FGTS: quais prazos para solicitação do saque calamidade vão até 2026? Veja calendário
Logo E-Investidor
FGTS: quais prazos para solicitação do saque calamidade vão até 2026? Veja calendário
Imagem principal sobre o Tele Sena: como comprar o título presencialmente?
Logo E-Investidor
Tele Sena: como comprar o título presencialmente?
Imagem principal sobre o Reforma Casa Brasil: entenda o programa para facilitar reformas residenciais
Logo E-Investidor
Reforma Casa Brasil: entenda o programa para facilitar reformas residenciais
Últimas: Colunas
Eleições, risco fiscal e geopolítica: como proteger seu patrimônio em 2026
Eduardo Mira
Eleições, risco fiscal e geopolítica: como proteger seu patrimônio em 2026

Mais do que a busca por retornos expressivos, preocupe-se em ter uma boa estratégia de proteção patrimonial pautada em dados objetivos

24/10/2025 | 14h02 | Por Eduardo Mira
Parecer rico é nova moda dos endividados
Fabrizio Gueratto
Parecer rico é nova moda dos endividados

O endividamento recorde das famílias revela um país que gasta mais para parecer rico e investe menos para ser. O investidor precisa enxergar no espelho social o maior risco da economia: o comportamento

23/10/2025 | 16h01 | Por Fabrizio Gueratto
Selic: até onde a taxa pode cair — e como se preparar para os próximos dois anos
Ricardo Barbieri
Selic: até onde a taxa pode cair — e como se preparar para os próximos dois anos

Com a Selic em 15% ao ano, investidores buscam estratégias para atravessar 2025 e se posicionar para uma futura queda dos juros

23/10/2025 | 14h01 | Por Ricardo Barbieri
Confronto EUA e China: a nova lógica da disputa entre as potências
Marcelo Toledo
Confronto EUA e China: a nova lógica da disputa entre as potências

Tarifas perderam espaço para os controles de exportação e a corrida tecnológica — sinal de uma rivalidade que redefine a economia global

22/10/2025 | 16h13 | Por Marcelo Toledo

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador