- O economista e influenciador digital Renoir Vieira conta como organiza seu portfólio de investimentos e diz quais os principais erros do investidor iniciante.
- Ele conta que sua carteira é composta 80% em renda variável, 15% em renda fixa pré-fixada e 5% em renda fixa pós-fixada.
É fato que os influenciadores transformaram a educação financeira no País. Hoje, diferente de dez anos atrás, é comum em uma roda de amigos encontrar pessoas que seguem estes profissionais por meio das redes sociais. Entre meus muitos amigos que fiz nesse meio, um em especial é diferente de todos. O Renoir Vieira.
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Economista, com mais de 15 anos de mercado financeiro, esse é o cara que mais causa polêmica, seja pelo seu estilo excêntrico seja pelas suas opiniões super sinceras sobre empresas de capital aberto.
Eu diria que o Renoir faz parte do mercado financeiro raiz que existia no passado, quando os profissionais escancararam o que havia de errado e não se importavam em fazer inimigos. Esse é o Renoir. Porém, pouca gente conhece a sua história.
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Eu mesmo conhecia pouco, mesmo já tendo entrevistado ele para o canal R$ 1 bilhão. Agora, pela primeira vez em um grande veículo, ele revela como ganhou a sua fortuna e como ele investe.
Fabrizio Gueratto – Quais são os maiores erros que o investidor faz?
Renoir Vieira – Acredito que os maiores erros estejam relacionados à ganância e à impaciência. Esses erros primordiais levam a comportamentos irracionais, tomada de risco de maneira irresponsável e a acreditar em hipóteses e cenários fantasiosos.
Quais foram seus maiores erros na sua vida financeira?
Acredito que cometi os mesmos erros que a média, nisso não tive uma trajetória excepcional. Os principais erros cometi por impaciência ou ganância. Demorei alguns anos para aprender a controlar meus impulsos.
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Cometi menos erros do que a média dos investidores porque profissionalmente, no período da minha formação, minha alocação foi acompanhada por chefes ou clientes que tinham mais experiência do que eu.
Como você conquistou o seu patrimônio?
Com trabalho. Meus investimentos contribuíram, sem dúvidas, até porque meu trabalho tem a ver com meus investimentos, mas, no geral, o que forma patrimônio é ser remunerado pelo que você faz bem.
O mercado financeiro ajuda a acelerar a formação de patrimônio por meio dos juros compostos no tempo, mas o começo de tudo é trabalho, geração de valor naquilo que você é bom.
Como está hoje sua carteira de investimentos? Quais os tipos de ativos que possui e qual o percentual alocado em cada um deles?
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Minha carteira é composta 80% em renda variável, 15% em renda fixa pré-fixada e 5% em renda fixa pós-fixada.
Na parte de renda variável, estou alocado 25% em fintechs (empresas de tecnologia da área de finanças), 25% em varejo, 25% em transporte e 25% em tecnologia.
Que tipo de empresa da B3 você jamais investiria e por que?
Não tenho nenhuma restrição. Minha filosofia de investimento aceita qualquer ativo desde que faça sentido do ponto de vista de risco-retorno. O mercado é cíclico, o que é bom hoje pode não ser amanhã. Investir de maneira dogmática restringe muito o universo de oportunidades.
Você morou na Suíça. Qual a principal diferença na educação financeira do que você viu lá e o que há no Brasil?
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Acredito que a principal diferença está em ter atividades relacionadas a finanças pessoais e empreendedorismo desde a infância. Ajuda muito também o fato de que lá há um ambiente macroeconômico e de negócios muito mais estável.
No Brasil, o histórico inflacionário desestimula a poupar. Quando uma criança consegue economizar a mesada para comprar um tênis ou um celular novo o produto já está custando mais. Aí parece que poupar não funciona ou não vale a pena.
Se você ganhasse seus primeiros R$ 100 mil hoje, como você investiria?
Investiria exatamente da mesma forma como estou investindo agora.