Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

Escreve semanalmente às quintas-feiras

Fabrizio Gueratto

O Metaverso pode mudar a história do bitcoin e das NFTs?

Não ignore nada, só porque você não concorda ou não conhece a fundo

Conceito para designar experiências virtuais e imersivas, comunidades on-line e economia do criador, o metaverso deve ser um elemento chave para a próxima onda da computação, a chamada Web 3.0 Foto: Envato Elements
  • Para entender o metaverso é preciso antes entender sobre comportamento humano
  • Você pode não gostar, não concordar, mas não ignore o metaverso. Observe. E em um mundo virtual, será preciso uma, ou várias moedas digitais, para que as transações sejam feitas rapidamente

Quando o Facebook (FBOK34) de Mark Zuckerberg decidiu que iria mudar seu nome para Meta e se concentrar no metaverso, pode ter certeza que não foi uma loucura de um ex-aluno de Harvard que um dia acordou e decidiu fazer algo utópico.

Eu trabalho com rede social, invisto em bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, e entendo a decisão. Observe o que está acontecendo. O Facebook hoje disputa a audiência com muito mais jogadores do que 5 anos atrás. Veja o TikTok, que está em uma ascensão absurda, e o Kwai que está com um caminhão de dinheiro para investir em crescer.

O fato é que as redes sociais viraram cópias uma das outras. O Tiktok começou a crescer e o Instagram lançou o Reels. Ao mesmo tempo o YouTube lançou o Shorts e o Kwai nada mais faz do que as mesmas funcionalidades que acabei de citar. São vídeos curtos. Isso mostra que o jogo mudou e as plataformas correm para copiar o que está funcionando no concorrente.

Por que Mark Zuckerberg está concentrado no metaverso?

Com certeza Mark Zuckerberg olhou isso e decidiu “pivotar”, que é como o meu amigo João Kepler fala quando um negócio precisa mudar o seu rumo. Por isso essa concentração no metaverso. Assim como eu, você deve ter pensado que uma sociedade que vive em um mundo virtual, em que é possível fazer reuniões, compras e até mesmo sentir que está encostando em pessoas que estão muito distantes fisicamente, parece algo surreal.

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Acredito que você já deve ter pensado 10 anos atrás que passar horas olhando para a tela de um celular também seria algo impensável. Levar o celular para o banheiro então, nem se fala. Se há uma década alguém falasse que a forma mais comum de comunicação entre pais e filhos seria via mensagens de texto em tempo real e que existiria uma criptomoeda chamada bitcoin e que não seria emitida por nenhum governo, você também pensaria que estaria delirando.

O metaverso e o comportamento humano

Para entender o metaverso é preciso antes entender sobre comportamento humano. Atualmente, esta geração já nasce passando o dedo na tela com apenas um ano de idade. O melhor remédio para um bebê parar de chorar chama-se tablet. Olhe para os playgrounds dos prédios. Na minha época vivia lotado, com crianças brincando, gritando, quebrando coisas. Hoje, quando vejo uma, ela está sozinha, sem amigos, no máximo com a babá.

Se acho bacana este mundo com cada vez menos interações humanas? Nem um pouco. A consequência de tanta tecnologia, informação e o mundo perfeito das redes sociais podemos ver nos números. Os remédios mais consumidos eram os hipertensivos. Hoje, os remédios mais consumidos são os antidepressivos.

Não quero aqui entrar na discussão se a tecnologia é boa ou ruim. Tudo tem seus dois lados e hoje meu trabalho depende disso. O que estou dizendo é que precisamos observar o que está acontecendo, principalmente no mundo dos games.

Um grande amigo, o André Akkari, que também é uma lenda do poker e dono da Furia, um dos principais times de games, me fala que até hoje ainda ele está entendendo o comportamento desta geração. Como pode um adolescente gastar US$ 5 mil em uma roupinha para o seu personagem em um determinado jogo. O que eu ou você achamos sobre isso pouco importa.

Não podemos ignorar o metaverso, mesmo não gostando dele

O que importa é o que está acontecendo e porque o metaverso corre um sério risco de dar certo e os nossos filhos um dia falarem que tem uma grande festa para irem no final de semana, que na verdade vai acontecer dentro de seu próprio quarto, através de um óculos de realidade virtual. Sim, isso é bem possível.

Você pode não gostar, não concordar, mas não ignore o metaverso. Observe. E em um mundo virtual, será preciso uma,ou várias moedas digitais, para que as transações sejam feitas rapidamente. Será o bitcoin, o ethereum ou as NFTs?

Impossível saber. O que posso lhe falar é: não ignore nada, só porque você não concorda ou não conhece a fundo. Estude o metaverso, pois talvez o seu próximo emprego pode estar lá.

Ah, outra coisa. Sobre as criptomedas, que muita gente me pergunta se deve investir ou não, eu tenho uma frase muito boa: “Bitcoin é uma burrice não ter, mas é uma loucura só ter”.

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