Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

Escreve semanalmente às quintas-feiras

Fabrizio Gueratto

Por que o investidor brasileiro precisa investir no exterior também?

Com o aumento da inflação no Brasil e o baixo crescimento econômico, os ativos da B3 estão menos atrativos

Contas em dólar já podem ser abertas de forma fácil, rápida e acessível. (Fonte: Shutterstock)
  • Atualmente, com a ascensão dos bancos digitais e fintechs, as pessoas estão cada vez mais familiarizadas com a tecnologia financeira e todas as suas comodidades
  • Até mesmo contas em dólar, algo que poucos sonhavam em ter há alguns anos, podem ser feitas de forma fácil, rápida e acessível
  • A Nomad, por exemplo, é a primeira empresa brasileira a disponibilizar uma conta digital gratuita em dólar para compras e investimentos nos Estados Unidos

Ter que esperar em filas intermináveis para abrir contas bancárias e solicitar serviços financeiros já não é mais uma realidade para muitos brasileiros. Atualmente, com a ascensão dos bancos digitais e fintechs, as pessoas estão cada vez mais familiarizadas com a tecnologia financeira e todas as suas comodidades. Até mesmo contas em dólar, algo que poucos sonhavam em ter há alguns anos, podem ser feitas de forma fácil, rápida e acessível. No entanto, quais opções temos no mercado hoje?

A Nomad, por exemplo, é a primeira empresa brasileira a disponibilizar uma conta digital gratuita em dólar para compras e investimentos nos Estados Unidos. Por isso, resolvi convidar os fundadores da companhia para contar como surgiu a ideia de criar uma fintech exclusiva para brasileiros que querem se inserir no mercado norte-americano.

Como a empresa surgiu?

Em 2016, Patrick Sigrist, criador do iFood, e Eduardo Haber, especialista em gestão de ativos e de patrimônio, viviam nos Estados Unidos. Lá, eles notaram como era caro para brasileiros, fossem estudantes, intercambistas, trabalhadores ou turistas, usarem o cartão de crédito internacional.

Sendo assim, para amenizar o problema, os dois se juntaram a Marcos Nader, fundador da Comprova.com, e investiram US$ 2,5 milhões de recursos próprios no projeto. Assim, a operação foi lançada oficialmente em novembro de 2020. Após isso, Lucas Vargas entrou como CEO na Nomad.

Quais os benefícios da conta em dólar?

Os clientes podem abrir uma carteira em dólar sem precisar pagar nenhuma taxa de abertura, anuidade ou manutenção. Além do mais, a pessoa terá uma conta corrente americana assegurada pelo FDIC (Fundo Garantidor de Depósitos do Governo dos EUA), que ressarce até US$ 250 mil.

Com o cadastro pronto, é possível fazer também uma remessa de câmbio da conta brasileira para a conta Nomad pagando a cotação comercial do dólar por 1,1% de IOF e 2% de spread. Isso representa uma economia de até 10% em comparação a um cartão de crédito internacional comum, que cobra 6,38% de IOF e 4 a 7% de spread.

Por que as taxas de câmbio são mais baratas que a maioria das casas de turismo?

Como a empresa é nativa digital, não arcam com custos de sistemas antigos ou ineficientes, nem com agências físicas ou procedimentos burocráticos desnecessários que aumentam os custos administrativos. Sendo assim, o serviço de câmbio é 100% digital, integrado ao aplicativo com todos os demais serviços.

Por que investir nos Estados Unidos?

Com o aumento da inflação no Brasil, que chega a 10,74% no acumulado de 12 meses, e o baixo crescimento econômico, os ativos de risco da Bolsa de Valores brasileira (B3) estão cada vez menos atrativos e rentáveis. Por conta disso, investir no mercado norte-americano pode ser uma boa alternativa para diversificar a carteira de investimentos. Afinal, o nada indica que lá haverá uma recessão tão profunda quanto aqui. Além disso, a inflação americana está mais controlada.

Outro ponto importante é que nos EUA existem as maiores empresas do mundo, como a Apple (AAPL34), Google (GOGL34), Amazon (AMZO34) e Tesla (TSLA34), que continuam crescendo ano após ano. Enquanto isso, muitas companhias brasileiras enfrentam grande volatilidade no momento.

Como funciona o investimento na Nomad?

A conta da Nomad possui duas carteiras administradas por algoritmos inteligentes que atualizam e implementam as ações para o cliente sem que o mesmo precise saber investir. Esses algoritmos são certificados pela Drive Wealth, uma corretora renomada dos Estados Unidos, e entendem a melhor relação entre risco e retorno do mercado.

As carteiras modelo são definidas pelo perfil do investidor, que é escolhido ao realizar uma pesquisa no próprio aplicativo. Sendo assim, existem três tipos de carteira modelo, compostas basicamente por ETFs que variam de acordo com o risco: aventureiro, explorador e cauteloso.

Por outro lado, as carteiras temáticas são compostas basicamente por ações e alguns ETFs, as quais são determinadas por temas como inovação, saúde, criptomoedas, tecnologia, empresas da China, grandes empresas americanas, entre outras.

Para complementar, Celso Pereira, diretor de investimentos da Nomad, revelou que a partir do primeiro bimestre de 2022, o cliente Nomad poderá também investir individualmente em ações e fundos negociados nas Bolsas de Valores dos EUA. Ou seja, será possível aplicar em ações de empresas globais, ETFs, fundos imobiliários (REITs) e fundos de gestão ativa, tudo através do aplicativo dá conta digital.

Leia mais sobre como investir no exterior.

Assista ao vídeo exclusivo sobre a importância de investir nos EUA: