Cofundador e CEO da StartSe, escola de negócios da Nova Economia. É um dos profissionais mais bem conectados do ecossistema brasileiro de startups. Em sua trajetória, já conquistou alguns prêmios, entre eles LinkedIn Top Voices e LinkedIn Top Startups, em 2019; Empresa Mais Inovadora do Brasil na área de educação, em 2018; e Medalha JK de Empresa Empreendedora do Ano, em 2017. É autor do Best-Seller “Organizações Infinitas”.

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Junior Borneli

Ao implantar plano de assinatura com anúncios, Netflix vira TV a cabo?

Plataforma de streaming aposta em nova estratégia para recuperar crescimento

Grande desafio da Netflix é superar a "fadiga do streaming" | Foto: Mike Blake/Reuters
  • Desde que teve sua primeira queda no número de usuários, a Netflix busca formas de avançar e se tornar mais rentável
  • Um caminho óbvio - mas controverso - é inserir anúncios
  • A Netflix criou um plano mais barato, que custará R$ 18,90 e vai exibir anúncios

No dia 3 de novembro, os anúncios publicitários começarão a aparecer na Netflix. Mas calma, isso não vai afetar todos os usuários.

Desde que teve sua primeira queda no número de usuários e viu a concorrência se aproximar, a Netflix busca formas de avançar e se tornar mais rentável. Um caminho óbvio – mas controverso – é inserir anúncios, assim como faz o Spotify por exemplo. No caso do app de música, o serviço é gratuito e para ficar livre dos anúncios é preciso assinar e pagar.

Já a estratégia da Netflix será diferente: ela criou um plano mais barato, que custará R$ 18,90, e vai exibir anúncios para esse grupo de usuários. Não há planos gratuitos, diferentemente do Spotify.

Serão de 4 a 5 propagandas por hora, com duração de 15 a 30 segundos, antes ou durante a exibição dos filmes e séries. A qualidade dos vídeos também será um pouco menor.

História de transformação

Avaliada hoje em US$ 99,8 bilhões, a Netflix foi fundada por Reed Hastings e Marc Randolph no Vale do Silício, nos Estados Unidos. O primeiro negócio da empresa foi no mercado de DVDs, mas foi com o serviço de streaming, lançado em 2007, que a empresa ganhou o mundo.

Hoje são mais de 220 milhões de assinantes. Apesar de todo sucesso, a Netflix não vive seus melhores dias. Neste ano, ela perdeu a liderança de mercado para a Disney.

O grande desafio da empresa é superar a “fadiga do streaming”, fenômeno que acomete este mercado. As pessoas assinaram muitos serviços, mas tendem a escolher entre um ou dois.

A Netflix é um desses cases de empresa que reescrevem uma indústria inteira. É muito legal perceber a mudança incrível na forma como consumimos conteúdo, depois da Netflix.

Junior Borneli é Cofundador e Chief Executive Officer da StartSe, escola de negócios da Nova Economia. É um dos profissionais mais bem conectados do ecossistema brasileiro de startups. Em sua trajetória, já conquistou alguns prêmios, entre eles LinkedIn Top Voices e LinkedIn Top Startups, em 2019; Empresa Mais Inovadora do Brasil na área de educação, em 2018; e Medalha JK de Empresa Empreendedora do Ano, em 2017. É autor do Best-Seller “Organizações Infinitas”.