• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Contrato de sexo: quando o consentimento vai para o papel

Acordos pré-sexuais ganham espaço entre celebridades, mas levantam debates éticos e jurídicos no Brasil

Por Samir Choaib

26/07/2025 | 8:15 Atualização: 25/07/2025 | 14:12

Receba esta Coluna no seu e-mail
Contratos sexuais levantam debates éticos e técnicos sobre privacidade, liberdade sexual e limites contratuais (Foto: Adobe Stock)
Contratos sexuais levantam debates éticos e técnicos sobre privacidade, liberdade sexual e limites contratuais (Foto: Adobe Stock)

Você já ouviu falar em “sex agreements” — ou, em tradução livre, contratos de sexo? Não, não é roteiro de filme picante nem enredo de série da Netflix. Mas quem assistiu “50 Tons de Cinza” não estranhará.

Leia mais:
  • Casais devem se aposentar juntos ou em momentos diferentes? Entenda os cenários
  • Dia dos Namorados: os diálogos sobre dinheiro que os casais precisam ter (mas evitam)
Cotações
24/12/2025 19h14 (delay 15min)
Câmbio
24/12/2025 19h14 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A ideia não é apenas o consentimento mútuo, mas uma blindagem jurídica: famosos, bilionários, atletas, políticos e até influenciadores digitais, temendo consequências jurídicas e reputacionais, recorrem a contratos para registrar consentimento, cláusulas de confidencialidade e condições para relações sexuais. O objetivo? Se proteger de alegações futuras — como exposição indevida, violência sexual ou quebra de privacidade.

Na prática, esses contratos aparecem em países como EUA e Reino Unido, onde acordos privados podem envolver quase qualquer tema, desde que não contrariem a ordem pública. Mas o que cabe nesse tipo de contrato? Ele teria validade no Brasil? Quais são os limites jurídicos e éticos de formalizar, por escrito, algo que deveria ser espontâneo, como uma relação íntima?

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Abra sua conta na Ágora Investimentos

Aqui, o assunto ainda é um tabu jurídico.

O que é um contrato de sexo?

Na prática, é um acordo prévio entre adultos que define: consentimento para manter relações sexuais, práticas permitidas e limites individuais, deveres de confidencialidade (non-disclosure agreements), e condições específicas (como uso de preservativos, ausência de substâncias psicoativas ou realização de exames de saúde).

A motivação não é apenas patrimonial, mas preventiva: evitar alegações futuras de abuso, proteger a imagem pública e estabelecer parâmetros de segurança para ambas as partes.

O contrato substitui o consentimento? E a legislação brasileira?

Hoje, não há previsão legal específica no Brasil. Qualquer tentativa de criar contratos desse tipo pode esbarrar em limites constitucionais como a dignidade da pessoa humana, a irrenunciabilidade de certos direitos e a impossibilidade de “precontratar” condutas sexuais.

O consentimento sexual deve ser livre, espontâneo e revogável a qualquer momento. Nem mesmo um contrato pode engessar isso. A relação sexual envolve direitos não patrimoniais: dignidade, liberdade, integridade física e psíquica. Assim, mesmo com cláusulas prévias, qualquer ato realizado sem a vontade efetiva do outro continua sendo crime.

Ou seja, mesmo que as partes estabeleçam determinadas condições previamente, isso não impede que alguém mude de ideia antes ou durante o ato. Qualquer violação de limites pode ser juridicamente relevante, com possibilidade de denúncia por violência, coação ou abuso — independentemente do que estiver escrito.

Cláusulas de confidencialidade são válidas?

No Brasil, acordos de confidencialidade têm validade, mas com limites. Eles podem proteger a privacidade e restringir a divulgação pública de detalhes íntimos.

Publicidade

Contudo, não podem impedir denúncias de crimes. Qualquer cláusula que tente “calar” uma vítima seria considerada nula, por ferir princípios de ordem pública. Além disso, devem respeitar direitos fundamentais como dignidade, liberdade e intimidade.

Quando e como formalizar?

Embora não haja regulamentação específica no Brasil, alguns cuidados mínimos seriam recomendáveis para qualquer tentativa de formalização:

  • Momento: antes da relação, com plena consciência e sem pressões externas (álcool, drogas ou coação emocional). Em relações contínuas, pode ser feito durante a constância do vínculo.
  • Forma: preferencialmente por escrito, com clareza nos termos. Aplicativos com assinatura digital ou QR Code podem surgir, mas acordos verbais têm pouca força jurídica.
  • Conteúdo: cláusulas de consentimento, revogação a qualquer momento, sigilo e respeito a limites.
  • Assinaturas: ambas as partes devem assinar, demonstrando consciência e capacidade jurídica.

Tópicos essenciais a considerar

Um modelo técnico (não oficial) pode conter:

  • Identificação das partes;
  • Declaração de consentimento mútuo e livre;
  • Direito de revogação a qualquer momento;
  • Cláusulas de confidencialidade, sem restringir denúncias legais;
  • Lista de práticas permitidas e limites;
  • Previsão de que violações podem gerar responsabilização conforme a lei.

Riscos e limites jurídicos

Mesmo com um contrato, não há blindagem absoluta. No Brasil, direitos existenciais como liberdade sexual e integridade física não podem ser renunciados antecipadamente. Nenhum contrato pode “anular” a aplicação da lei penal.

Além disso, há o componente ético: esses contratos podem expor desequilíbrios de poder entre as partes — por exemplo, uma pessoa famosa e assistida por advogados frente a alguém comum que esperava apenas um envolvimento afetivo.

Por que discutir isso agora?

Porque vivemos em uma era em que privacidade e reputação valem muito — e estão sob constante ameaça, especialmente no ambiente digital. Ao mesmo tempo, é preciso lembrar: nem tudo pode ou deve ser objeto de contrato.

Quando transformamos relações íntimas em negócios jurídicos, reduzimos a complexidade humana a cláusulas que muitas vezes não dão conta das emoções, do corpo e da subjetividade envolvidos.

Talvez a maior lição seja: na esfera íntima, nem tudo cabe no contrato. O direito pode (e deve) proteger consentimento e privacidade — mas não pode regular relações humanas como se fossem transações comerciais.

Publicidade

Por ora, no Brasil, os contratos de sexo são uma excentricidade estrangeira. Mas é ingenuidade achar que o debate não vai chegar por aqui. Talvez antes do que imaginamos — e será preciso tratá-lo com rigor técnico, sensibilidade e sem sensacionalismo.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • casais
  • dinheiro

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Tesouro Direto atrai 240 mil investidores com títulos rendendo até 22% no ano; veja oportunidades para 2026

  • 2

    AZUL4 sai de cena: Azul adota nova forma de negociação na B3; veja o que muda

  • 3

    Sem regras padronizadas, Pix Parcelado confunde e pode sair caro; veja os riscos

  • 4

    Axia (AXIA3;AXIA6): o que muda para o investidor com a criação de nova classe de ação

  • 5

    Ibovespa hoje sobe aos 160 mil pontos após prévia da inflação, leilão de dólares do BC, PIB e PCE dos EUA

Publicidade

Quer ler as Colunas de Samir Choaib em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o 4 dicas para economizar com os presentes de Natal
Logo E-Investidor
4 dicas para economizar com os presentes de Natal
Imagem principal sobre o Ceia de Natal: 5 dicas para economizar na refeição
Logo E-Investidor
Ceia de Natal: 5 dicas para economizar na refeição
Imagem principal sobre o Quina de hoje (23): SÃO R$ 10 MILHÕES SORTEADOS EM NOVO HORÁRIO; veja
Logo E-Investidor
Quina de hoje (23): SÃO R$ 10 MILHÕES SORTEADOS EM NOVO HORÁRIO; veja
Imagem principal sobre o Calendário do INSS: veja quando começam os pagamentos em 2026
Logo E-Investidor
Calendário do INSS: veja quando começam os pagamentos em 2026
Imagem principal sobre o Bolsa Família: veja final do NIS que recebe hoje (23/12)
Logo E-Investidor
Bolsa Família: veja final do NIS que recebe hoje (23/12)
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: saiba qual concurso teve mais de 50 ganhadores
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: saiba qual concurso teve mais de 50 ganhadores
Imagem principal sobre o IPVA 2026: veja o calendário de pagamento em São Paulo
Logo E-Investidor
IPVA 2026: veja o calendário de pagamento em São Paulo
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: veja números que o Gemini escolheria para ganhar R$ 1 bilhão
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: veja números que o Gemini escolheria para ganhar R$ 1 bilhão
Últimas: Colunas
Por que a desconcentração bancária torna o Brasil mais rico
Einar Rivero
Por que a desconcentração bancária torna o Brasil mais rico

Aumento da concorrência no sistema financeiro faz a sociedade poupar R$ 96 bilhões em tarifas por ano

24/12/2025 | 07h30 | Por Einar Rivero
Fim da farra dos dividendos força “americanização” do mercado brasileiro
Vitor Miziara
Fim da farra dos dividendos força “americanização” do mercado brasileiro

Como o investidor vai ganhar dinheiro em 2026 sem depender do dividendo em dinheiro

23/12/2025 | 14h22 | Por Vitor Miziara
Mercados encerram 2025 com valorização em meio a corte de juros nos EUA e desafios fiscais e políticos no Brasil
Marco Saravalle
Mercados encerram 2025 com valorização em meio a corte de juros nos EUA e desafios fiscais e políticos no Brasil

Ajuste monetário externo e fluxo de capitais favoreceram ativos de risco, apesar de incertezas políticas e fiscais domésticas

22/12/2025 | 14h24 | Por Marco Saravalle
O que um museu em Edimburgo revela sobre a nossa relação com o dinheiro
Espaço do Especialista
O que um museu em Edimburgo revela sobre a nossa relação com o dinheiro

O Museum on the Mound revela que o dinheiro vai muito além de moedas e cédulas e que entender seu significado é essencial para usá-lo com mais sabedoria

19/12/2025 | 17h15 | Por Leonardo Pastore, assessor da Valor Investimentos

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador