- Para 2024 devemos ter uma taxa média da Selic mais ou menos em 10% a.a. e esse é nosso ponto de partida para avaliar qualquer outra opção de investimentos
- A média dos analistas projetam o Ibovespa em 135 mil pontos em 2024, alguns mais otimistas jogam o índice para 140 mil pontos
- É importante ter tudo na carteira desde renda fixa à criptoativos, o que muda é o % que cada um vai alocar de acordo com seu perfil
Sempre que comento sobre investimentos e oportunidades eu mostro que precisamos comparar as opções. Chamo isso de “custo de oportunidade”, que é a resposta para a pergunta: “Se eu investir aqui, quanto deixo de ganhar ali?”
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No Brasil, esse custo de oportunidade é sempre a renda fixa, já que temos taxas altíssimas e um risco muito baixo quando olhamos o histórico do pagamento dos títulos públicos. Ou seja, quando me aparece uma oportunidade de investir em um bar, hotel, dólar, ações ou o que for…eu me pergunto quanto posso ganhar nesses mercados a mais quando comparado à uma renda fixa que seria o que eu ganharia sem correr risco e dormindo tranquilo.
Para 2024, a expectativa é ter uma taxa média da Selic mais ou menos em 10% a.a.; e esse é nosso ponto de partida para avaliar qualquer outra opção de investimentos. Esse é um cenário conservador, considerando que 10% é o que o título publico atrelado à Selic vai pagar, mas sabemos que temos oportunidades como CDBs de bancos (de primeira linha ou outros) que pagam muito mais. Agora vamos falar das ações, que estão baratas quando olhamos o lucro projetado das empresas para 2024. Mas será que vale correr o risco?
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Enquanto escrevo esse artigo (dia 11/12), o Ibovespa está cotado a 127 mil pontos – uma alta de 15,70% no ano e um pouco acima da renda fixa. Segundo algumas reportagens, a média dos analistas projetam o Ibovespa em 135 mil pontos em 2024. Alguns mais otimistas jogam o índice para 140 mil pontos, então vamos usar esse ponto para estressar a comparação.
Eu, reavaliando minhas posições para 2024, consideraria que para aumentar minha fatia de alocação em ações eu deveria comparar com o esperado da renda fixa do ano que vem, o famoso custo de oportunidade. Afinal, eu tiraria dinheiro da minha caixinha de renda fixa para comprar mais ações.
De 127 mil pontos atuais para 140 mil pontos projetado pelo mais otimista, eu teria um ganho bruto apróximado de 10,25%, mas totalmente não linear, afinal, o mercado de ações é um sobe e desce todo dia. Para isso, eu deixaria de investir meu dinheiro na renda fixa, conservadora, que poderia me render também os mesmos 10% (expectativa da média de juros pelo mercado), também bruto e com imposto um pouco maior.
Por que acho 140 mil pontos muito pouco? Porque estou basicamente trocando 10% por outros 10% com mais risco, com necessidade de acompanhar o mercado e indo dormir todo dia preocupado se a China vai invadir Taiwan, se haverá mais guerra, se o fiscal do Brasil vai piorar ou não e por aí vai…
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Há alguns que podem me confrontar com a afirmação de que várias ações podem e devem performar muito melhor do que o índice Ibovespa – e eu concordo, mas isso exigiria uma análise, tempo e cuidado maior com a caixinha de ações que não é usual da maioria dos investidores. Esse é um exercício de custo de oportunidade, algo que uso para tudo na minha vida, seja para investimentos, seja para trocar de emprego, casa, carro e até se deixo a vida de solteiro de lado para um relacionamento sério!
Essas análises de mercado e oportunidades mudam todo dia e, de agora até fim do ano, vou compartilhar todos os relatórios de alocação de analistas, corretoras e outros no grupo do whatsapp que é aberto à todos que me acompanham! Fica o convite aqui.
Como sempre falo, é importante ter tudo na carteira, desde renda fixa à criptoativos, o que muda é a fatia que cada um vai alocar de acordo com seu perfil de risco. Sabendo desenhar suas caixinhas de investimentos, o risco é menor, controlado e a diversificação além de ajudar no controle de risco, também dá flexibilidade em reajustes de acordo com movimentos de mercado.
Um abraço!
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