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- Ao longo de 2020, Jeff Bezos e Elon Musk alternaram entre a primeira e a segundo posições entre os mais ricos do mundo
- Os Estados Unidos registraram o maior número de bilionários (724), um rápido aumento da riqueza que não acontecia há um século, desde os Rockefellers e os Carnegies
- Os legisladores americanos têm lutado para encontrar uma maneira de distribuir os benefícios dessa riqueza bilionária
(Hannah Denham/Washington Post) – Os bilionários adicionaram US$ 8 trilhões ao seu patrimônio líquido no ano passado, informou a Forbes no seu ranking anual, um salto impressionante no acúmulo de riqueza individual e um contraste gritante com o impacto da pandemia do coronavírus nas economias.
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A 35ª lista anual de bilionários da Forbes contabilizou 2.755 bilionários – um salto de 30% em relação ao ano anterior – e 493 novos nomes. Oitenta e seis por cento desses bilionários são mais ricos do que há um ano, ou seja, nos estágios iniciais da pandemia. A Forbes calculou o patrimônio líquido usando os preços das ações e as taxas de câmbio em 5 de março.
Jeff Bezos, o fundador da Amazon, é a pessoa mais rica do mundo pelo quarto ano consecutivo, com patrimônio de US$ 177 bilhões (Bezos também é dono do The Washington Post). O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, ficou com o segundo lugar, com US$ 151 bilhões. As ações de ambas as empresas, negociadas na Nasdaq, dispararam em 2020, contribuindo em grande parte com o aumento de patrimônio líquido deles. Bezos e Musk alternaram entre a primeira e a segundo posições entre os mais ricos do mundo.
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Como classe, os bilionários adicionaram cerca de US$ 8 trilhões ao seu patrimônio líquido total em 2020, totalizando US$ 13,1 trilhões. Os Estados Unidos registraram o maior número de bilionários (724). Esse rápido aumento da riqueza não acontecia há um século, desde os Rockefellers e os Carnegies. A China, incluindo Hong Kong e Macau, teve o segundo maior número de bilionários: 698.
Os legisladores dos Estados Unidos – principalmente os republicanos que defendem a economia de gotejamento – têm lutado para encontrar uma maneira de distribuir os benefícios dessa riqueza bilionária, ainda mais em um ano marcado por dezenas de milhões de perdas de empregos, insegurança alimentar, dívidas, despejos e pobreza generalizada contrastando fortemente com os ganhos do mercado de ações.
A abordagem política do presidente Donald Trump foi a redução de impostos, promulgada em 2017, o que reduziu a alíquota corporativa de 35% para um valor historicamente baixo de 21%. Segundo Trump, isso abasteceria a economia com mais renda para os executivos da empresa contratarem trabalhadores e pagarem salários mais altos. Mas um relatório da London School of Economics publicado em dezembro constatou que os cortes de impostos para os ricos beneficiaram consistentemente os ricos, mas não conseguiram impulsionar o emprego e o crescimento econômico.
O presidente Joe Biden propôs aumentar os impostos corporativos para 28%, além de mais aumentos de impostos e políticas para garantir que as empresas paguem suas contas domésticas, para financiar US$ 2 trilhões em empregos, gastos com infraestrutura e projetos climáticos. Ele revelou seu plano na semana passada, mas encontrou oposição de ambos os lados do corredor, tanto de grandes empresas e grupos empresariais como da Câmara de Comércio dos Estados Unidos.
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