

A maioria dos CEOs do setor financeiro estima uma aceleração da economia brasileira. A expectativa de aceleração da economia no próprio país é expressa por 65% dos entrevistados no Brasil, em 2024 o porcentual era de 60%. Sem olhar apenas para o setor financeiro, cerca de 68% dos líderes das grandes empresas esperam uma aceleração da economia neste ano. Os dados são da 28ª Global CEO Survey, pesquisa da PwC divulgada nesta terça-feira (18).
Conforme a pesquisa, cerca de 62% dos entrevistados no setor financeiro disseram que planejam ampliar o quadro de funcionários no próximo ano, enquanto apenas 9% pretendem reduzir. O resultado está acima da média geral do Brasil, em que 53% das empresas planejam expandir suas equipes, enquanto 14% preveem cortes.
Além disso, houve um aumento em relação à percepção de viabilidade das empresas. Neste ano, 38% dos CEOs de serviços financeiros disseram que as suas empresas não seriam viáveis nos próximos dez anos se não se reinventarem, um percentual abaixo dos 51% registrado em 2024. Entre os líderes brasileiros do setor, 38% afirmam ter realizado parcerias com outras organizações, um resultado 8 pontos percentuais acima da média global do setor (30%).
Setor financeiro mergulha na inteligência artificial
Outro fator é que 68% dos CEOs do setor no Brasil planejam investir na integração da Inteligência Artificial (IA) com plataformas tecnológicas. Um percentual em alinhamento com a média nacional de 69%. Entre as principais ações de reinvenção dos CEOs nos últimos cinco anos, a opção mais apontada foi a busca por uma nova base de clientes, com 68%, seguido do desenvolvimento de novos produtos ou serviços inovadores, com 49%.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O investimento em novas estratégias de crescimento foi apontado como uma das ações por 38% dos líderes. Estas ações aparecem no setor com porcentagens acima da média brasileira entre todos os setores. Em meio a essas mudanças tecnológicas, as empresas de serviços financeiros já adotam a inteligência artificial em maior escala.
No Brasil, 59% dos líderes do setor dizem que a IA generativa resultou em ganhos de eficiência tanto no uso do tempo dos funcionários, mais que a média geral do País (52%), quanto no aumento na receita, indicada por 38% dos executivos (34% na média brasileira). Esses ganhos de eficiência e receita também são um dos fatores para a estimativa de bom desempenho da economia brasileira.
“Em comparação com o que se imaginava há um ano, a tecnologia ainda não alcançou os resultados esperados, mas já observamos resultados positivos”, avalia Lindomar Schmoller, sócio e líder da indústria de serviços financeiros na PwC Brasil. Em serviços financeiros, 71% dos líderes ainda esperam um aumento de lucratividade a partir do impacto da IA generativa, porcentagem idêntica ao recorte da indústria em 2024.
Em relação ao futuro, os CEOs do setor de serviços financeiros, tanto no Brasil como no mundo, indicam que sua maior prioridade nos próximos três anos envolve integrar a IA (incluindo a generativa) em plataformas tecnológicas (68% e 49%, respectivamente). O resultado do setor no Brasil está alinhado com a média de todas as indústrias no país (69%).
Publicidade
A pesquisa também constatou os riscos cibernéticos são apontados como a principal ameaça para 43% dos líderes do setor. A 28ª Global CEO Survey ouviu mais de 4,7 mil líderes em mais de 100 países, incluindo o Brasil, para chegar a conclusão de boas estimativas para a economia brasileira.