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- Nove em cada dez professores querem trabalhar educação financeira em escolas públicas, diz a pesquisa
- Para 85% dos entrevistados, o tema ajudará os alunos a se tornarem adultos mais preparados para lidar com questões financeiras
A educação financeira está conquistando cada vez mais os ambientes escolares. A 3ª edição da pesquisa “Educação Financeira nas escolas públicas” revela que 95% dos entrevistados afirmam que é importante introduzi-la como disciplina já no ensino fundamental.
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O estudo, realizado pelo Instituto XP, em parceria com a Nova Escola, foi divulgado com exclusividade ao E-Investidor. A amostra, realizada em novembro de 2023 com mais de 800 professores da rede pública de ensino, tem como objetivo analisar e mensurar a evolução da discussão sobre o tema no Brasil.
De acordo com o levantamento, 51% dos entrevistados afirmam que a educação financeira pode beneficiar todas as pessoas, e 70% acreditam que o tema se conecta com diferentes áreas do conhecimento e que pode ser ensinado em todas as disciplinas.
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Por exemplo, na Matemática, 30% dos professores acreditam que a educação financeira possa ser agregada. Enquanto isso, 16% dos profissionais de Língua Portuguesa e História, respectivamente, pensam o mesmo.
Para Gabriela Torquato, head do Instituto XP, a pesquisa mostra como a educação financeira é uma ferramenta essencial para formar uma futura geração consciente financeiramente. “Vai muito além da gestão financeira e do planejamento familiar. É sobre fazer escolhas, ter inteligência emocional, saber planejar e desenvolver competências socioemocionais essenciais para o pleno exercício da cidadania.”, afirma em nota.
Além disso, 60% dos professores se sentem muito preparados para aprender os conceitos da educação financeira, enquanto 38% se sentem pouco preparados. Ana Ligia Scachetti, CEO da Nova Escola, explica que um dos grandes desafios da aplicação na sala de aula é o apoio aos docentes.
Entre os professores, 79% deles esperam que a escola forneça conteúdo sobre o tema para que eles apliquem no plano de aulas, o que se confirma com o aumento para 81% da demanda por materiais didáticos e apoio na coordenação.
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Para 85% dos entrevistados, o tema ajudará os alunos a se tornarem adultos mais preparados para lidar com questões financeiras, enquanto 27% acreditam que discutir o tema desde o ensino básico pode ajudar a minimizar o ciclo da pobreza.
Torquato ainda comenta sobre a notabilidade de um interesse genuíno dos professores em aplicar a matéria em sala de aula e dos alunos em absorver. Contudo, ela alerta para a falta de divulgação, materiais didáticos e apoio da coordenação. “É preciso tornar obrigatório, institucionalizar a pauta, para que tenha espaço e apoio nas escolas, e na sociedade”, ressalta.
Assim como na edição anterior da pesquisa, foi possível concluir novamente que a maioria dos professores acredita que o tema tem muito a agregar para alunos em qualquer momento do ciclo educacional, formando crianças e adolescentes mais conscientes de suas escolhas financeiras.