O que este conteúdo fez por você?
- Neste domingo (27), os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, se enfrentam na decisão pela prefeitura de São Paulo
- O E-Investidor investigou, além dos patrimônios deles e como investem seu dinheiro, o que cada um pensa sobre educação financeira nas escolas
- Propostas de melhoria da educação financeira podem impactar diretamente na saúde financeira de toda a população
O segundo turno das eleições municipais decide quem serão os novos prefeitos de diversas capitais do País. Neste domingo (27), os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, se enfrentam na decisão pela prefeitura de São Paulo. O E-Investidor investigou, além dos patrimônios deles e como investem seu dinheiro, o que cada um pensa sobre educação financeira nas escolas.
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Vale destacar que 45% dos adolescentes brasileiros – considerados na faixa etária de 15 anos – apresentam um baixo letramento financeiro. É o que indicou uma pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), publicada em junho deste ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mesmo com um assunto tão urgente, os dois candidatos não abordam nominalmente a educação financeira em suas propostas de governo, enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de suas candidaturas.
De acordo com o artigo 211 da Constituição Federal, é de competência dos municípios fornecer o ensino fundamental I e a educação infantil. Ainda queque as prefeituras não possam atuar diretamente na grade curricular dos ensinos fundamental II e médio, o E-Investidor considerou as propostas de programas educacionais. Iniciativas com maior foco em estimular a empregabilidade, por sua vez, foram consideradas com viés profissionalizante.
Propostas de educação financeira de Boulos e Nunes
Guilherme Boulos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), menciona formações voltadas à economia criativa e digital para jovens a partir de 15 anos. A proposta é chamada de “Centros de Oportunidades”, focado na nova economia e suporte ao empreendedorismo. O programa atuaria em regiões onde a oferta de educação, emprego e renda é menor.
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Os cursos oferecidos incluem Programação, Design, Tecnologia da Informação, Tecnologia Ambiental, Moda, Turismo, Idiomas e Gastronomia. Segundo o documento de seu plano de governo, a proposta é “conectar a formação profissional com a economia de serviços e a tecnologia que caracterizam a São Paulo do século 21”.
Já o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), não cita projetos do tipo em seu plano.
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É importante lembrar que a eleição para a prefeitura e a câmara de vereadores é determinante para a construção de políticas públicas, com decisões que podem impactar setores-chaves da economia. Ainda, propostas de melhoria da educação financeira podem impactar diretamente na saúde financeira de toda a população.
“As escolhas feitas nas eleições municipais têm consequências diretas no dia a dia das pessoas, influenciando tanto a economia local quanto a qualidade de vida”, destacou Carolina Bohnert, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, para esta reportagem.
Entre os demais candidatos que concorreram à prefeitura de São Paulo no primeiro turno, ocorrida dia 6 de outubro, apenas Pablo Marçal (PRTB), citou nominalmente a educação financeira nas escolas na sua proposta de governo. Por sua vez, Tabata Amaral (PSB) prometia uma linha de crédito específica para jovens, incluindo capacitação em gestão financeira; enquanto José Luiz Datena (PSDB) chegou a propor uma ampliação do “Bolsa Trabalho Formação Jovem”, programa que já atende jovens entre 14 e 29 anos.
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