Comportamento

4 ganhadores da loteria que ficaram milionários e perderam tudo

Entenda como a má administração financeira pode levar ricos à ruína

4 ganhadores da loteria que ficaram milionários e perderam tudo
Esbanjar o prêmio da loteria é a receita quase certa para o fracasso. (Fonte: Shutterstock/Rperodução)
  • Não faltam casos de milionários que perderam tudo, por diversos motivos, em poucos anos. É comum perder a fortuna também em negócios mal concebidos, golpes e até com empréstimos ruins e doações
  • Conheça histórias de três pessoas que ganharam na loteria e perderam tudo

Um prêmio de loteria como a Mega-Sena pode transformar a vida do ganhador, mas também pode significar um amargo arrependimento caso a fortuna não seja administrada de forma correta. Não faltam casos de milionários que perderam tudo, por diversos motivos, em poucos anos.

“Ao se deparar com uma ‘montanha de dinheiro’, o ganhador tende a pensar que esses recursos são inesgotáveis e inicia um processo insustentável de gastos a médio e longo prazos”, analisa Hudson Bessa, professor de Estratégias Financeiras da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI).

É comum perder a fortuna também em negócios mal concebidos, golpes e até com empréstimos ruins e doações. Para Bessa, o dinheiro deve ser aplicado com consciência e os gastos devem estar restritos ao que os investimentos rendem.

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Outra medida é ter uma reserva de emergência em ativos líquidos, outra em investimentos seguros de longo prazo e outra, de menor valor, em aplicações mais arriscadas.

Conheça histórias de três pessoas que ganharam na loteria e perderam tudo.

1 e 2. Alex e Rhoda Toth

O casal norte-americano Alex e Rhoda Toth e os seis filhos estavam com dificuldades financeiras quando ganharam US$ 13 milhões na loteria da Flórida (EUA), em 1990. Diferentemente do que acontece no Brasil, nos Estados Unidos o prêmio pode ser parcelado, então eles decidiram receber US$ 666 mil anuais durante 20 anos.

No entanto, em vez de resolver as dívidas, a família decidiu ter uma vida de celebridade e foi morar em um hotel durante três meses. Como se isso fosse pouco, o casal resolveu viajar para Las Vegas e apostar grandes somas. Uma série de intrigas e conflitos por dinheiro ainda pioraram a situação familiar.

Em apenas 15 anos, a família retornou à pobreza e ainda foi processada por falsificação na declaração de impostos. Alex faleceu em 2008, e logo depois Rhoda foi condenada a dois anos de prisão por sonegação fiscal, além de ter sido multada em US$ 1,1 milhão pela Receita Federal dos Estados Unidos.

3. Antônio Domingos

Antônio Domingos tinha apenas 19 anos e vivia em uma casa inacabada com a mãe quando ganhou o equivalente a R$ 30 milhões na loteria, em 1983. O prêmio “subiu à cabeça” e ele foi morar durante um ano e meio na suíte presidencial de um hotel de luxo em Salvador (BA).

Toda noite dormia com uma mulher diferente, além de outras extravagâncias e muitas farras. Como muitos milionários que perderam tudo, o baiano achava que o dinheiro nunca ia acabar.

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Quando completou 22 anos, comemorou o aniversário em um dos melhores restaurantes da capital baiana e decidiu pagar a conta de todas as mesas. Domingos preferia comprar roupas em vez de lavá-las; caso o pneu furasse, por exemplo, abandonava carros e motos.

Toda essa vida de fantasia durou cerca de cinco anos. O premiado não investiu um centavo sequer, nem no maior sonho da mãe, que era terminar de construir a casa própria. No fim das contas, teve de voltar para a moradia humilde e se virar com um salário-mínimo de ajudante de garçom.

4. Fredolino José Pereira

Outro ganhador de loteria que perdeu tudo é Fredolino José Pereira, de 71 anos. Ele ganhou mais de R$ 10 milhões na Mega-Sena em 2018 com uma aposta feita com a venda de latas de cerveja coletadas na rua. Ele decidiu abrir um negócio para fazer o recurso render e servir como aposentadoria.

Com um sócio, fundou uma funerária na cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul. Mas o negócio não prosperou para o idoso.

De acordo com o ex-milionário, em pouco mais de quatro anos restaram apenas dois centavos na conta-corrente, e ele acabou sendo excluído da sociedade da empresa. Com a desculpa de pagar funcionários, o ex-sócio havia pedido o cartão bancário emprestado e não devolveu mais.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que identificou indícios de falsificação de contratos. Os investidores acreditam que o gaúcho tenha caído em um golpe financeiro dado por quatro pessoas. Desde a abertura da funerária, o ex-sócio comprou um sítio e uma frota de dez veículos.

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Fonte: Analisa Hudson Bessa, professor de Estratégias Financeiras da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI).

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