O que este conteúdo fez por você?
- Como há diversos golpes financeiros por aí e é natural ter diferentes aplicativos de bancos instalados nos smartphones, além de cartões de crédito e débito
- Para ajudar, o E-Investidor procurou duas especialistas para separar algumas dicas de como evitar golpes ou prejuízos financeiros em caso de furto de celulares ou clonagem de cartão
Com a estreia da primeira edição do festival The Town em São Paulo neste fim de semana, é comum que muitas pessoas se preocupem com a segurança dos seus aparelhos celulares. O receio faz sentido. Afinal, há diversos golpes financeiros por aí e é natural ter diferentes aplicativos de bancos instalados nos smartphones, além de cartões de crédito e débito.
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Com uma expectativa de receber mais de 500 mil pessoas, o evento de música com shows de artistas nacionais e internacionais, que também é dos mesmos criadores do Rock in Rio, pode elevar os riscos de o público cair em algum tipo de fraude.
Para ajudar, o E-Investidor procurou duas especialistas para separar algumas dicas de como evitar golpes ou prejuízos financeiros em caso de furto de celulares ou clonagem de cartão, por exemplo.
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As profissionais Bruna Melo, COO da empresa de seguros Ciclic, e Wanessa Guimarães, sócia da HCI Invest e Planejadora Financeira CFP pela Planejar, afirmam que existem diversos cuidados a serem tomados em grandes eventos. Veja a seguir:
Clonagem de cartão
A recomendação das especialistas é ter cuidado com alguns comportamentos. São eles:
- Não entregar o cartão na mão de outra pessoa, ou seja, na hora de pagar, você mesmo pode aproximar ou inserir o cartão na “maquininha”;
- Em caso de digitar a senha do cartão, coloque a mão por cima, cobrindo os números para dificultar a visualização de outras pessoas que estiverem próximas;
- Confira o valor que aparecer no visor e confirme a transação no seu aplicativo do banco ou via notificações;
- Ajuste o valor do limite do cartão antes de ir para o evento.
Guimarães alerta que o usuário deve prestar atenção quando uma mensagem de erro aparece na tela da maquininha da pagamento: esse pode ser um sinal de fraude ou clonagem do seu cartão.
“Nestes casos, é comum o fraudador dizer que houve erro e irá utilizar outra máquina. Além disso, ao fazer uma tentativa de pagamento por aproximação, a máquina pode apresentar uma mensagem de erro forçando a vítima a efetuar uma nova transação”, diz. Ou seja, sem perceber, o valor pode ter sido debitado duas vezes ou mais.
A planejadora financeira também diz que é importante permanecer em posse do cartão durante todo o ato de pagamento, seja aproximando ou inserindo na maquininha. Para isso, ela indica colocar algum adesivo que identifique que aquele é realmente o seu cartão e evitar que aconteça uma troca por um outro desconhecido.
Proteja a conta bancária
Melo indica que os fatores tecnológicos podem ajudar a proteger os aplicativos bancários, como a biometria e reconhecimento facial. Além desses, a COO da Ciclic comenta que a autenticação em dois fatores e, em alguns casos, ocultar o app dentro de uma pasta segura do celular também colaboram na segurança dos dados bancários.
A sócia da HCI Invest complementa a lista com a recomendação de evitar o acesso à conta via redes wi-fi públicas, para se proteger de qualquer ataque de hacker, e também não optar por pagamentos via QR Code.
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“É importante ativar notificações de compra para que seja possível identificar imediatamente uma possível fraude. Desta forma, o bloqueio rápido protege de um prejuízo maior”, recomenda.
Dinheiro físico vs. pagamentos digitais
As especialistas concordam que utilizar cartão e/ou fazer transferências é a maneira mais prática, fácil e rápida, ainda que continue oferecendo riscos.
O dinheiro físico está sujeito a furto ou roubo, além de possíveis complicações com o troco, pois o estabelecimento pode não ter o valor em espécie no momento.
Contudo, Guimarães ressalta que a melhor opção pode ser o cartão de crédito ou débito, já que as transferências via Pix têm oferecido riscos nos casos de leitura de QR Code. “O que pode ser feito é levar para esses eventos um cartão de crédito com limite baixo para, caso seja fraudado, o prejuízo não seja expressivo”, explica.
Fui roubado, o que fazer?
A contratação de um seguro é uma maneira de se prevenir contra roubo e furto de um celuar. Ainda assim, as especialistas destacam que o consumidor deve ler todas cláusulas com muita atenção antes de fazer um contrato. Há dezenas de situações que não indenizam o usuário e é importante entender todos os detalhes antes de realizar a contratação.
Na hipótese que você tenha sido sofrido um roubo ou furto durante o festival, o primeiro passo é manter a calma para resolver o problema da maneira mais rápida.
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Melo e Guimarães indicam que é necessário entrar imediatamente em contato com o banco para solicitar o bloqueio da conta até que seja possível realizar a troca de senha e emitir novos cartões, além de registrar um boletim de ocorrência – que pode ser feito pela internet.
Outra dica é verificar o extrato e fatura de cartões para identificar se houve saque ou um pedido de empréstimo. No caso do roubo estar vinculado a algum aparelho celular, elas recomendam tentar formatá-lo remotamente e bloqueá-lo também.