O bitcoin voltou a operar no campo negativo após três dias seguidos de altas. Às 8h (de Brasília), a maior e principal criptomoeda opera com perdas de 1,99% no acumulado das últimas 24h, segundo dados da CoinMarketCap. Ainda assim, o ativo digital permanece acima dos US$ 90 mil – nível de preço que havia perdido nas últimas semanas.
O movimento reflete à espera dos investidores pela divulgação dos dados referente ao índice de preços de gastos com consumo pessoal, o PCE. A medida de inflação é considerada a preferida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Apesar da expectativa, o mercado segue confiante na decisão do Fed em dá continuidade ao ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. Segundo a ferramenta CME FedWatch, 89% dos agentes de mercado têm dado como certa a redução de 0,25 ponto porcentual as taxas americanas no encontro marcado para os dias 9 e 10 de dezembro.
“Com o bitcoin acima de US$ 90 mil e o clima global mais favorável, há espaço para consolidação ou até busca de resistências próximas. Contudo, sem um catalisador macro‑fundamental extra (como corte efetivo de juros ou fluxo institucional relevante para cripto), o movimento de alta provavelmente será gradual, e o BTC pode oscilar com volatilidade moderada”, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research.