O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado. (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin hoje reage às tensões geopolíticas após Israel atacar as instalações nucleares no Irã nesta sexta-feira (13). O bombardeio que resultou na morte de altos oficiais militares iranianos tinha como o objetivo de paralisar o programa nuclear do país. O ataque, contudo, deixou os investidores aversos ao risco com a possibilidade de uma guerra entre duas forças armadas mais poderosas do Oriente Médio.
Às 9h (de Brasília), o BTC acumula uma desvalorização de 2,20% nas últimas 24 horas, segundo dados da CoinMarketCap. A depreciação do ativo digital acompanha o comportamento dos mercados tradicionais. Nos Estados Unidos, o Dow Jones futuro recuava 1,14%, o S&P500 caía 1,1% e o Nasdaq tinha baixa de 1,44%. O preço do barril de petróleo chegou a subir 11%. Por volta das 7h, o preço do barril do petróleo Brent subia 8,75%, a US$ 75,43.
“É importante lembrar que, em cenários de estresse extremo, ativos considerados “porto seguro” tendem a ser vendidos para cobrir margens ou realocar caixa, o que limita seu papel como proteção imediata. A expectativa para o curto prazo é negativa para o Bitcoin, dado o risco de uma retaliação por parte do Irã e um escalonamento do conflito”, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research.
A ofensiva de Israel contra o Irã interrompeu a sequência de ganhos do BTC. Antes do conflito, a maior criptomoeda em valor de mercado era negociada acima dos US$ 109 mil. O fôlego era sustentado pelo fluxo de capital em direção aos ETFs de bitcoin à vista. Dados da Sosovalue, plataforma de criptomoedas, mostram que, entre os dias 8 e 11 de junho, os fundos de índice registraram apenas nesta semana uma entrada líquida de US$ 1 bilhão. O acordo comercial entre os Estados Unidos e China também ajudou no apetite a risco dos investidores nos últimos dias.