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O bitcoin em dólar renovou a sua máxima histórica ao romper, pela primeira vez a barreira dos US$ 111 mil, na madrugada desta quinta-feira (21). Como mostramos nesta reportagem, a força do ativo digital cresceu com o alívio das tensões macroeconômicas, o avanço dos acordos comerciais e a possibilidade de um cessar fogo entre Ucrânia e Rússia – veja aqui os fatores que impulsionam o mercado.
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Contudo, o caminho até o novo recorde não tem sido fácil para os investidores de criptomoedas. Ao contrário do fim do ano passado, quando o BTC renovou sucessivas vezes a sua máxima histórica, os primeiros meses de 2025 foram desafiadores. Como mostramos nesta reportagem, de janeiro a março, o ativo digital caiu 11,82%, cravando o seu pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2018, quando recuou 49,17%.
A depreciação refletiu o estresse dos mercados em torno das tarifas de importação anunciadas pelos Estados Unidos nas últimas semanas. As medidas protecionistas alimentaram uma guerra comercial e elevaram as chances de uma possível recessão econômica nos EUA. Apesar da volatilidade, quem acreditou nos fundamentos do bitcoin conseguiu ter ganhos interessantes em 2025, mesmo investindo no ativo na cotação da moeda brasileira.
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Vale destacar que o desempenho do BTC em dólar costuma ser diferente da criptomoeda em real devido às variações do câmbio. Enquanto o bitcoin renovou o seu recorde no exterior, o preço do ativo no Brasil alcançou a sua máxima histórica em dezembro do ano passado, quando estava sendo negociada a R$ 669.725,00. “O bitcoin bateu ATH (máxima histórica) no Brasil no mesmo período que o dólar estava R$ 6,33. Como o dólar hoje está na casa dos R$ 5,65, por mais que o bitcoin suba forte lá fora (e aqui também), temos essa diferença do câmbio”, diz Fernandes.
Apesar dessa defasagem, quem investiu no ativo digital teve lucro. Uma simulação da Foxbit, realizada a pedido do E-Investidor, mostrou que os investidores brasileiros que aplicaram aportes mensais de R$ 500 entre os meses de janeiro e abril no bitcoin em real conseguiram um adicional de R$ 372,55 no patrimônio, algo equivalente a um retorno de 19%. Já para quem investiu mensalmente aportes de R$ 2 mil no mesmo período acumula hoje uma reserva de R$ 9,49 mil. Ou seja, teve um lucro de R$ 1,49 mil.
Confira a simulação de outros valores na tabela abaixo:
Veja quanto rendeu aportes mensais de R$ 500 a R$ 10 mil em bitcoin neste ano
| Aportes mensais | BTC comprado | Total Investido | Patrimônio | Rentabilidade |
| R$ 500 | 0,0037493 BTC | R$ 2 mil | R$ 2.372.55 | 19% |
| R$ 2 mil | 0,0149969 BTC | R$ 8 mil | R$ 9.490.03 | 19% |
| R$ 5 mil | 0,0374931 BTC | R$ 20 mil | R$ 23.725,63 | 19% |
| R$ 10 mil | 0,0749862 BTC | R$ 40 mil | R$ 47.451,26 | 19% |
| Fonte: Beto Fernandes, analista da Foxbit/Os cálculos consideraram a cotação do bitcoin em real de R$ 632,8 mil | ||||
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