Aprovação de ETFs de ether movimenta o mercado cripto. É hora de comprar?

Os ânimos surgiram após a Securities and Exchange Commission (SEC) – órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira – ter solicitado às exchanges, como são chamadas as corretoras de criptomoedas, uma atualização dos registros sobre os pedidos de ETFs.

Com essa movimentação, as expectativas para a aprovação dos novos produtos de investimentos aumentaram e o lançamento pode estar mais próximo do que nunca. Das nove solicitações de lançamentos de ETFs em tramitação no órgão regulador do mercado americano, oito foram aprovada nesta quinta-feira (23), como já havia ocorrido anteriormente com os ETFs de bitcoin à vista.

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“O pedido da HashDex foi o único que não foi aprovado até agora. Eles têm até dia 30 pra mandar a nova documentação, o que era mais tempo que essas outras empresas tinham”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit. Vale lembrar que, em janeiro, o órgão regulador aprovou onze solicitações de gestoras. Desse total, o registro mais importante e o mais aguardado pelo mercado era o ETF da BlackRock, maior gestora de ativos e de investimentos do mundo, feito em junho de 2023.

Nos três primeiros dias de negociação na bolsa de Nasdaq, o ETF de bitcoin (BTC) movimentou mais de US$ 1,9 bilhão. O volume foi considerado o segundo maior em comparação aos outros fundos de índices lançados em 11 de janeiro. O primeiro foi o ETF Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), com US$ 5,1 bilhões durante o mesmo período. O fluxo, motivado pela entrada do capital institucional, ajudou o bitcoin a avançar 57,46% no acumulado de 2024 e renovar a sua máxima histórica, que agora permanece no patamar dos US$ 73 mil, conquistado em março deste ano.

É hora de comprar ether?

Com o aval positivo da SEC aos novos produtos, a expectativa dos investidores é de que a criptomoeda apresente uma valorização exponencial com o lançamento dos ETFs, semelhante ao que aconteceu com o bitcoin. O problema é que há o risco desse comportamento não acontecer com a mesma magnitude.

“O fluxo de capital institucional para o ethereum também deve acontecer. Entretanto, vale ficar atento às diferenças de cada momento de mercado. Há muitas incertezas em torno da macroeconomia do que no começo do ano, o que pode limitar um pouco o fluxo deste capital”, ressalta Fernandes, da Foxbit.

O ponto de atenção, citado por Fernandes, se deve à perspectiva para o início do corte de juros nos Estados Unidos, que permanece incerta. No dia 1º de maio, após manter a taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, como o mercado esperava, o Federal Reserve (Fed o Banco Central dos EUA) reforçou que o ciclo de afrouxamento monetário só deve iniciar quando os dirigentes estiverem confiantes de que a inflação alcançará a meta de 2%.

Por enquanto, não há esse sentimento. Mas se houver algum movimento para a redução dos juros nos EUA, o apetite a risco deve aumentar entre os investidores com a perspectiva de queda de rentabilidade dos ativos de renda fixa que se beneficiam com a alta dos juros. Esse contexto macroeconômico favorece a cotação do bitcoin no médio prazo, já que os analistas consideram a criptomoeda como um ativo de alto risco.

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