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Criptomoedas

Após ataque russo, criptomoedas despencam; Bitcoin cai 8%

Outras criptomoedas menores também sofreram quedas

Após ataque russo, criptomoedas despencam; Bitcoin cai 8%
  • Na avaliação de analistas, a desvalorização se deve às incertezas que o cenário geopolítico causa para os investimentos
  • A recomendação dos analistas é manter a cautela antes de realizar qualquer movimentação dos seus investimentos

O avanço das forças russas em território ucraniano trouxe impactos negativos para o mercado de criptoativos. Logo após o anúncio do início do ataque, o preço do bitcoin atingiu o seu menor nível em um mês. A derrocada também foi vista em outros ativos digitais, como o Ether. Na avaliação de analistas, a desvalorização se deve às incertezas que o cenário geopolítico causa para os investimentos.

O bitcoin caiu até 7,9%, para US$ 34,3 mil dólares, menor cotação desde 24 de janeiro. De acordo com Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance, em momentos de incertezas sobre a consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia, os investidores costumam reduzir a posição em ativos de maior risco, como as criptomoedas, para alocar os seus recursos em investimentos mais seguros, como o ouro. “O investidor não gosta de incertezas e guerra traz incertezas”, ressalta Nousi.

Outras criptomoedas menores também sofreram quedas. O ether, por exemplo, sofreu desvalorização que chegou até 10,8%. Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, explica que as moedas digitais menores costumam acompanhar a movimentação do Bitcoin. “Isso acontece porque o dinheiro vem primeiro para o bitcoin depois para os outros ativos. Então, quando o bitcoin se valoriza, os outros ativos se valorizam”, ressalta Lago.

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Como não há informações sobre os próximos desdobramentos desse conflito, os analistas acreditam que ainda há espaço para novas quedas do bitcoin e de outros criptoativos nas próximas semanas. Além do “estresse” relacionado à guerra, Humberto Andrade, trader do Mercado Bitcoin, também cita que a alta da taxa de juros e a inflação podem impactar no preço do ativo digital.

“A gente está num momento de muito estresse e estamos na expectativa sobre a decisão (de aumento da taxa de juros) do FED (autoridade monetária dos EUA). Estamos também em um momento de inflação generalizada e isso faz com que os investidores aumentem sua posição em ativos menos arriscados”, ressalta Andrade.

No entanto, o trader do Mercado Bitcoin acredita que essa queda é algo pontual e não deve se estender por muito tempo. A perspectiva sinaliza para o investidor que há possibilidades de recuperação para os próximos meses.

O que fazer?

A recomendação dos analistas é manter a cautela antes de realizar qualquer movimentação dos seus investimentos. Segundo João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, os investidores precisam manter visão de retornos ao longo prazo e que momentos de estresse, como esses, são comuns no mercado de criptoativos.

“Em prazos mais longos, os criptoativos sempre recompensaram generosamente aqueles que são resilientes nos períodos de estresse”, explica Cunha. Por isso, os investidores devem ajustar suas posições em criptomoedas de acordo com a capacidade de suportar quedas acentuadas.

Ney Pimenta, CEO da Bitpreço, acredita que, caso a desvalorização seja algo pontual para o mercado de criptoativos, os preços atuais podem significar para o investidor uma oportunidade de ter posição em ativos digitais. “Quando a gente volta para a época do covid, vimos uma queda significativa de Bitcoin ao ponto de ser negociado a R$ 23 mil. Quem comprou naquela época, teve a oportunidade de vender por R$ 370 mil”, ressalta Pimenta.

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Já Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre, acredita que o bitcoin pode se beneficiar caso a guerra entre os dois países se estenda. Segundo ele, os efeitos de valorização a médio prazo podem acontecer devido às sanções financeiras de outros países para a economia russa. “Isso (sanções) pode fazer com que o capital russo passe para as criptomoedas. Além disso, algumas moedas, como o dólar e o euro, podem perder valor”, explica Veloso.

 

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