Alexandre Artmann, COO da Avenue. Foto: Divulgação/Avenue
Desde que passou a atuar no modelo B2B em 2021 – oferecendo serviços para outras empresas do mercado financeiro –, a Avenue ampliou em 5 vezes a sua base de parceiros, saindo de 130 para mais de 700 em 2025. Agora, a corretora quer dar um passo além e conquistar o público de alta renda, com o apoio das casas de wealth management (gestão de patrimônio).
“São parceiros que acessam um cliente de maior ticket, que podem investir valores mais altos. Hoje esses parceiros já ficam confortáveis em trazer esse tipo de cliente para a Avenue”, afirmou Lucas Feitosa, diretor de Parcerias Institucionais, ao E-Investidor durante a Money Week, evento realizado em Balneário Camboriú-SC na última sexta-feira (1º).
Lucas Feitosa, Diretor de Parcerias Institucionais da Avenue. Foto: Divulgação/Avenue
Atualmente, a empresa conta com 150 parceiros no segmento de wealth. Para atrair as grandes fortunas, o foco está em melhorar seus serviços. “Hoje o nosso sistema já está preparado para atender os assessores e os agentes autônomos. O objetivo agora é aprimorar a plataforma para atender essa parte de wealth”, diz.
Feitosa enxerga que cada vez mais investidores querem enviar dinheiro para fora com o intuito de ter uma “poupança” em dólar. Antes considerada um investimento de risco, a alocação internacional tem sido encarada como uma opção para o longo prazo – abordagem que a Avenue busca trabalhar em conversas com clientes.
“Estamos mudando a forma de nos comunicar com o investidor. A corretora deixou de ser apenas uma opção para quem quer assumir risco. Hoje é uma plataforma para investir de maneira estruturada e de longo prazo”, destaca o executivo.
ETFs irlandeses
Entre os produtos solicitados pelos clientes da corretora, estavam os UCITS ETFs, também conhecidos como“ETFs irlandeses”, que estrearam na plataforma em julho para uma base selecionada de usuários. A expectativa é que os ativos possam ser negociados de forma ampla na primeira quinzena de agosto, diretamente pela plataforma da empresa.
O nome popular do produto vem do fato de que muitos desses fundos de índice estão domiciliados na Irlanda. Eles são recomendados para investidores de longo prazo e de alto patrimônio por oferecerem benefícios fiscais, como a isenção do imposto sucessório americano – o Estate Tax.
Alexandre Artmann, Diretor de Operações (COO) da Avenue, explica que a modalidade conta com outra vantagem. “Na Europa, a regulação permite que os fundos reinvistam os dividendos em vez de distribuí-los ao investidor. Já nos Estados Unidos, o repasse é obrigatório e envolve a cobrança de imposto.”
No longo prazo, o reinvestimento dos dividendos potencializa a rentabilidade dos ETFs sem a necessidade de ação manual por parte do cliente, além de evitar a retenção de 30% de imposto sobre proventos, como ocorre nos EUA.
Artmann, que cuida da prateleira de produtos da corretora, explica que os clientes têm solicitado um maior acesso aos mercados europeus. “Nós também estamos olhando para isso, mas mas não é uma prioridade agora”, diz.
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O COO daAvenue pondera que as opções de investimentos nos Estados Unidos já abrem portas para outros países. “Ofertamos diversos fundos e ETFs americanos que têm um porcentual elevado da carteira em ações europeias ou asiáticas”, destaca.