Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset. (Foto: Hélvio Romero/Estadão)
A Vinci Compass, empresa de investimentos alternativos e soluções globais na América Latina, anunciou nesta segunda-feira (6) que fechou um acordo para adquirir a Verde Asset, do gestor Luis Stuhlberger. A operação, já esperada pelo mercado, ocorrerá em duas fases.
Na primeira, a Vinci adquirirá 50,1% da Verde, com valor estimado em 3,1 milhões de novas ações ordinárias Classe A e R$ 46,8 milhões em dinheiro. O pagamento será feito em duas parcelas: a primeira no fechamento (2,2 milhões de ações e R$ 32,4 milhões em dinheiro) e a segunda após dois anos (0,9 milhão de ações e R$ 14,4 milhões em dinheiro), sujeita a metas de receita e outras condições.
Na segunda fase, prevista para cinco anos após o fechamento da operação, a Vinci Compass comprará os 49,9% restantes da Verde, com pagamento em ações Classe A e/ou dinheiro, a critério da Vinci, e valor estimado em R$ 127,4 milhões.
O acordo foi desenhado para uma transição de longo prazo, mantendo a equipe executiva da Verde em seus cargos e com governança independente de investimento e risco. Os executivos se tornarão sócios da Vinci, com participações sujeitas a períodos de bloqueio de até cinco anos.
O fechamento da negociação está previsto para o quarto trimestre de 2025, sujeito à aprovação regulatória e demais condições usuais.
O que muda com a operação?
De acordo com a Vinci, a transação amplia a escala da empresa e melhora o mix de AUM (ativos sob gestão) ao incorporar R$ 16 bilhões em ativos, fortalecendo as linhas de multiestratégia e previdência dentro da área de soluções de investimento globais. Com a compra da Verde, a companhia também expande a sua oferta para clientes de alta renda e intermediários, ao mesmo tempo em que fortalece opções para investidores institucionais.
Luis Stuhlberger, um dos gestores mais conhecidos do Brasil, será sócio da Vinci. Junto aos principais gestores da Verde, ele ficará responsável por aprimorar os comitês de investimento, risco e alocação de ativos, reforçando a pesquisa entre classes, as visões macro e a construção de portfólios.
Na visão de Stuhlberger, a operação representa uma oportunidade de crescimento para a Verde e para seus clientes. “A combinação da tradição multiestratégia da Verde com a distribuição regional e a força em investimentos alternativos da Vinci Compass cria uma plataforma mais ampla para performance e inovação, mantendo nossa independência de investimento”, destaca.
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Alessandro Horta, CEO da Vinci Compass, destaca que a equipe da Verde continuará gerindo os fundos da gestora sob um modelo de governança de investimentos independente. “Isso reforça a nossa capacidade de aprimorar comitês de investimento, risco e alocação, acelerar o lançamento de novas estratégias e oferecer melhores resultados aos clientes”, diz.
A empresa pretende aproveitar sua rede de distribuição regional para levar estratégias globais a novos mercados, ao mesmo tempo em que amplia o alcance da Verde junto a instituições brasileiras. A equipe de liderança da Vinci discutirá a transação durante o Investor Day 2025, que será realizado em Nova York, às 14h (horário de Brasília) de terça-feira (7).