Devanir Silva, diretor-presidente da Abrapp. (Foto: Nicolas Siegmann/ Divulgação Abrapp)
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) divulgou nesta quinta-feira os resultados do primeiro semestre de 2025, destacando um total de R$ 1,3 trilhão em ativos sob gestão. Mais do que apresentar números, a entidade reforçou a importância da conscientização sobre o tema. “Educação previdenciária é para todas as gerações”, afirmou o diretor-presidente da entidade, Devanir Silva.
Em coletiva de imprensa, o executivo destacou que a Abrapp está colocando um grande esforço na educação previdenciária dos jovens. Segundo ele, o Ministério da Previdência Social intensificou o projeto chamado “Poupadores do Futuro”, atingindo quase 6000 alunos. “Nós sabemos que o país carece de formação, de poupança. E essas pessoas são importantes”, avalia.
Para Silva, existe uma visão do curto prazo de que a previdência não é necessária, principalmente entre os jovens. “Ninguém pensa talvez em se aposentar. Nós precisamos mudar essa mentalidade”.
“Nós somos muito mais do que guardiões de poupança previdenciária, nós somos importantes para impulsionar o crescimento do nosso país em todos os sentidos. Claro que o crescimento econômico é fundamental, mas principalmente o crescimento social”, diz Silva.
Previdência complementar fechada cresce no 1º semestre
Em nota, a Abrapp ressaltou o crescimento da previdência complementar fechada no 1º semestre deste ano. Os ativos do setor acumularam R$ 1,33 trilhão, correspondendo a cerca de 11% do PIB nacional em 2024 (em torno de R$ 11,7 trilhões).
A rentabilidade média acumulada até junho atingiu 6,48%, ficando acima da meta atuarial de 5,1% e dos principais indicadores de referência, como o CDI (6,27%) e o Ibovespa (6,01%). Entre as modalidades de plano, o desempenho também foi positivo: Contribuição Variável registrou 7,09%, Contribuição Definida alcançou 6,89% e Benefício Definido, 6,01%.
“[Previdência] é formar uma renda qualificada de futuro. É para isso que nós precisamos transmitir essa essa mensagem para a sociedade. Nós não podemos viver no momento no país com alto índice de informalidade, com baixa contribuição previdenciária”, diz Silva sobre a importância de levar conhecimento previdenciário às escolas.