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- Arleane e Marcelo, primeiros eliminados do BBB25, escolheram irmãs Gracyanne e Giovana para participar da nova dinâmica do programa
- Caso o vencedor do primeiro Big Brother tivesse investido o prêmio em ações da Apple, hoje ele seria quase bilionário
- Se ele tivesse investido em PETR4, ganhos seriam bem mais modestos e hoje o valor da carteira seria de R$ 3 milhões
Indicadas pelo casal Arleane e Marcelo, primeiros eliminados do BBB25, Gracyanne Barbosa e Giovana foram a primeira dupla a participar da nova dinâmica do programa, o Pegar ou Largar. As irmãs tiveram de escolher entre embolsar o rendimento do prêmio de R$ 2,5 milhões, ou somá-lo ao valor final. Escolheram guardar. Agora, o prêmio ficou em R$ 2,53 milhões. Se todos fizerem essa mesma escolha, a produção do programa estima uma bolada de R$ 3 milhões ao final da temporada.
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Isso representaria um acréscimo de 20% nos três meses de programa, que, anualizados, somariam mais de 100% de juros. Um rendimento impressionante, que na vida real só poderia ser comparado à valorização de grandes empresas de tecnologia da bolsa americana nestes pouco mais de 20 anos de programa.
Caso o vencedor do primeiro Big Brother tivesse investido os R$ 500 mil – que era o prêmio da época – em ações da Apple (AAPL34), por exemplo, hoje ele seria quase um bilionário, com cerca de R$ 874 milhões na carteira. Um valor 1.700 vezes maior, considerando a valorização da ação e o efeito cambial do período.
Quando não existia iPhone
O cálculo tem base na projeção feita pelo professor de finanças da FGV Ricardo Rochman. Segundo ele, o prêmio de R$ 500 mil em 2002 seria suficiente para comprar 652.970 ações da Apple, uma época distante em que a empresa valia centavos na Nasdaq. Neste tempo ainda não existia o iPhone, o produto que revolucionaria o mercado de tecnologia e transformaria a empresa na gigante que conhecemos hoje, elevando exponencialmente o valor de suas ações.
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A hipótese de se investir na AAPL, no entanto, seria quase impossível para um brasileiro, também olhando em perspectiva o contexto do início do século 21. Em 2002, comprar ações de empresas estrangeiras era bem mais complicado do que é hoje, com o investidor dispondo, cada vez mais de contas internacionais através de corretoras e bancos brasileiros. Além disso, os chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também popularizaram o acesso ao mercado americano, sem a necessidade de tirar o dinheiro do Brasil.
Em 2002, o campeão do BBB teria de abrir uma conta em uma corretora internacional ou tentar achar o serviço por aqui, com disponibilidade menor e com oferta mais focada em investidores qualificados, devido aos custos muito maiores da época.
O mais provável de acontecer, no entanto, seria ele investir nas ações da Petrobras, por exemplo. Neste caso, os R$ 500 mil de 2002 dariam a possibilidade de comprar 78.247 papeis PN (PETR4) da empresa brasileira. Os ganhos, no entanto, seriam bem mais modestos. Hoje, o campeão do primeiro BBB teria em carteira quase R$ 3 milhões, o equivalente ao crescimento do prêmio do programa no período.
Segundo Rochman, de 2002 até agora (final de 2024), o prêmio do programa valorizou em 500%, enquanto a inflação do período medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 291,72%. O dólar cresceu 166,9% em cima do real.
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