

Ter um carro pode trazer praticidade para o dia a dia, mas também representa altos custos no orçamento. Afinal, pequenas atitudes e escolhas inteligentes fazem diferença no bolso ao longo do tempo.
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Ter um carro pode trazer praticidade para o dia a dia, mas também representa altos custos no orçamento. Afinal, pequenas atitudes e escolhas inteligentes fazem diferença no bolso ao longo do tempo.
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Com o preço médio da gasolina no Brasil em R$ 6,29 por litro e do diesel em R$ 6,14 por litro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Petrobras (PETR3; PETR4), o motorista deve ficar atento a estratégias para um melhor aproveitamento do combustível.
A manutenção preventiva do veículo, por exemplo, pode impactar diretamente na vida útil do carro e no bolso do proprietário. “Manutenção preventiva realmente gera economia no longo prazo. Veja um exemplo prático: a troca de correia dentada custa cerca de R$ 500 a R$ 800. Se ela arrebenta, pode causar a quebra do motor, gerando um prejuízo de R$ 4.000 a R$ 10.000 ou mais”, exemplifica Everton Lopes, mentor em energia a combustão e especialista em combustível da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE) Brasil.
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Escolhas simples, como dirigir de forma mais eficiente ou manter as revisões em dia, ajudam não apenas a preservar o carro, mas também a aliviar eventuais imprevistos financeiro. A seguir, confira seis dicas práticas para fazer seu tanque render mais e reduzir os gastos com manutenção.
Pequenas práticas de direção inseridas corretamente na rotina podem gerar um grande impacto no orçamento no final do mês. São elas:
“Essas práticas ajudam a prolongar a vida útil do carro e geram uma economia significativa ao longo do tempo”, diz Murillo Chaves de Oliveira, proprietário da consultoria automotiva Evolusom.
Um dos erros mais comuns apontados pelos especialistas é ignorar sinais do carro. Ruídos, luzes no painel ou mudanças no desempenho devem acender um sinal de alerta no motorista.
Chaves ressalta que a troca de óleo pode ser a maior aliada na hora de economizar na manutenção. “Negligenciar a troca de óleo é o erro mais simples e, ao mesmo tempo, o mais oneroso. Quando o óleo não é substituído nos intervalos recomendados, o motor pode sofrer danos graves e o reparo ou a substituição pode custar até 15 % no valor do veículo”, avalia.
Os pneus também têm um papel essencial no alívio do orçamento. Isso porque a calibragem fora do ideal ou desgaste irregular aumentam o consumo de combustível e aceleram o desgaste da suspensão. Da mesma forma, ignorar o estado dos freios — como pastilhas desgastadas ou fluido vencido — não só aumenta o risco de acidentes, como pode danificar discos e pinças, aumentando essa conta.
Além disso, segundo Chaves, optar por peças de baixa qualidade (bateria, filtros, velas etc.) reduz a eficiência do carro e tende a gerar falhas em sistemas elétricos e mecânicos, resultando na necessidade de troca prematura de componentes.
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Por fim, “a falta de alinhamento e balanceamento regulares compromete a dirigibilidade e sobrecarrega suspensão, rolamentos e pneus, o que também gera gastos extras desnecessários”, avalia Chaves.
Segundo os especialistas consultados pela reportagem, o tempo ideal para realizar a manutenção do carro se concentra em dois fatores: tempo de uso e quilômetros rodados. Por exemplo, a cada 10.000 km rodados ou a cada seis meses, o que ocorrer primeiro.
“Se não houver troca de óleo nos intervalos recomendados, o motor sofre desgaste acelerado e, a médio prazo, pode exigir uma troca completa, que facilmente ultrapassa R$ 10 mil. Já mantendo a manutenção em dia, o gasto anual estimado fica em torno de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Ou seja: investir em preventiva pode representar menos de 30% do custo de um reparo grave no motor e ainda prolongar a vida útil do veículo”, diz Chaves.
De acordo com os especialistas, a qualidade do combustível é um dos fatores mais decisivos. Combustíveis adulterados ou de baixa octanagem, mais comuns em postos sem bandeira, podem aumentar muito o consumo e até danificar componentes do sistema de injeção e do motor.
Os pneus também fazem grande diferença: marcas inferiores ou com resistência inadequada alteram o peso suportado pelo veículo e o coeficiente de atrito, o que força o motor a trabalhar mais. P
O especialista em combustão ainda acrescenta o uso do ar-condicionado, que pode aumentar o consumo em até 20%, especialmente em trânsito urbano.
Achar uma boa oficina para cuidar do seu carro pode parece uma missão difícil. Então, comece avaliando a reputação do lugar. Uma forma de checar isso é verificar avaliações de outros clientes e menções em redes sociais. Além disso, é importante comparar orçamentos, desconfiar de preços muito abaixo da média ou cotações muito altas.
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O especialista ainda destaca outros fatores a serem considerados:
Seguros não costumam ser baratos. Por isso, é preciso avaliar a melhor combinação entre preço e coberturas oferecidas em diferentes seguradoras. Segundo Jorge Martinez, diretor de Produtos da Suhai Seguradora, uma estratégia prática é dispensar coberturas adicionais menos relevantes e focar naquelas que realmente protegem contra perdas maiores, como roubo, furto e colisão com perda total ou parcial.
“Para veículos com mais de cinco anos e valor de mercado moderado, a cobertura exclusiva de roubo e furto costuma ser mais vantajosa, já que o custo das coberturas de colisão pode se tornar proporcionalmente alto, especialmente considerando franquias elevadas em casos de colisões parciais” explica o diretor.
Outro ponto é avaliar cuidadosamente a contratação de danos a terceiros por colisão. Embora essa cobertura possa encarecer o prêmio, você deve avaliar se há risco de danos a outros veículos de alto valor, o que pode gerar um problema financeiro ou judicial maior para o cliente.
Vale ficar atento aos dados fornecidos na hora da contratação. Segundo Martinez, informações incorretas podem baratear o seguro inicialmente, mas resultam na recusa de indenização em caso de sinistro (evento inesperado e danoso que aciona a cobertura de uma apólice de seguro), gerando um prejuízo muito maior para o consumidor.
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Motoristas devem, sempre que possível, verificar a confiabilidade da seguradora. Isso pode ser feito no site da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regulamenta o mercado, para evitar surpresas no momento de solicitar ou receber alguma indenização.
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