O asset allocation consiste no processo de investir em uma combinação de diversas classes de ativos para buscar a melhor relação de risco e retorno. Por isso, representa uma etapa importante da construção da carteira de investimentos que deve ser efetuada com atenção.
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Em palestra realizada nesta terça-feira (15) no Congresso Internacional da Planejar, Rodrigo Sgavioli, head de alocação da XP Investimentos, destacou a importância da asset allocation como a forma mais sofisticada de implementar a sabedoria popular de “não colocar todos os ovos em uma mesma cesta”. Dessa forma, a diversificação de ativos é sempre a melhor pedida ao montar uma carteira de investimentos.
Essa tarefa, porém, concentra as suas próprias dificuldades. O primeiro passo é escolher em quais classes de ativos o capital será alocado, seja em produtos de renda fixa ou de renda variável. Nessa hora, vale observar a natureza de risco das modalidades e os níveis de volatilidade a que estão submetidas, além de compreender se os ativos têm uma correlação positiva ou não — ou seja, se eles tendem a crescer enquanto outras modalidades também avançam.
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“É preciso entender que o risco é o preço que pagamos para conseguir mais retornos. Não existe almoço de graça. Se você aumenta o nível de risco, irá ampliar o espectro de possíveis retornos que pode obter, porque atinge uma maior dispersão de resultados”, afirmou Sgavioli.
Esse portfólio também deve responder às mudanças na vida patrimonial dos clientes e ser alterado sempre que for necessário. Outra dica do head de alocação da XP é nunca subestimar o risco da classe de ativo que está na carteira. O especialista costuma trabalhar com bandas de alocação, para ter um melhor controle de até onde pode ir ao construir um portfólio com segurança.
“Cerca de 95% da performance de uma carteira é baseada no asset allocation. Mas manter a disciplina com o cliente no asset allocation esperado para ele é díficil. Quantas vezes, os investidores não se desesperam, não querem colocar tudo em Bolsa ou em Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs)”, destaca Sgavioli, ressaltando a importância de sempre manter uma conversa ativa com o cliente para definir com calma os seus objetivos e os riscos que está disposto a correr.
Um erro cometido com frequência, no entanto, é realizar trocas na carteira do investidor constantemente. Para o especialista, ao realizar grandes giros e mudanças, a probabilidade de incorrer em custos tributários é maior, o que, futuramente, pode impactar negativamente os resultados do cliente.