Investir em ações é uma das formas mais populares de participar do mercado de capitais, especialmente com grandes empresas brasileiras, como a Petrobras. Ao adquirir ações preferenciais da Petrobras (PETR4), o investidor se torna elegível para o recebimento de dividendos, embora essas ações não garantam direito a voto nas assembleias da companhia. Com o aumento da quantidade de ações, o valor recebido em proventos também cresce proporcionalmente, tornando a acumulação de ações uma estratégia atrativa para investidores focados em dividendos.
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É essencial, porém, acompanhar o preço das ações para calcular o número de unidades que se pode adquirir dentro de um orçamento. No fechamento de mercado da última segunda-feira (28), cada ação da Petrobras estava cotada a R$ 36,09. Portanto, para comprar um lote padrão de 100 ações, o investimento total seria de R$ 3.609.
Investidor deve comprar as ações da Petrobras?
Na segunda-feira (28), alguns analistas divulgaram estimativas otimistas para a Petrobras (PETR4), ajustando suas projeções para uma possível valorização das ações da companhia. A equipe da XP Investimentos aumentou o preço-alvo da ação de R$ 45,10 para R$ 46, refletindo uma possível alta de 27,45% em relação ao fechamento do último pregão, quando as ações encerraram cotadas a R$ 36,09. O ajuste considera o impacto de um real mais depreciado frente ao dólar.
“Consideramos a Petrobras uma de nossas principais escolhas, com dividendos ordinários atraentes e uma taxa de retorno sobre fluxo de caixa livre (FCFE) em torno de 10%, subindo para 12,5% em 2025. Entretanto, preços de petróleo mais baixos e custos elevados em investimentos são alguns dos riscos para nossa recomendação”, explicam Regis Cardoso e Helena Kelm, que assinam o relatório da XP.
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Outro banco que recomenda a compra das ações da Petrobras é o Santander, que elevou seu preço-alvo para R$ 54, projetando um potencial de valorização de 37,3% com base no fechamento recente. O especialista Hulisses Dias, também com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 45, destaca que o atual cenário de juros altos pode aumentar o interesse por ativos com retorno elevado em dividendos, um diferencial para a Petrobras.
Na contramão, a Ativa Investimentos recomenda uma posição neutra. Embora reconheça o potencial dos dividendos, o analista da Ativa prefere companhias do setor de óleo e gás com menor risco político e valuations mais atraentes. Assim, estabelece um preço-alvo de R$ 44 para os próximos 12 meses, o que representa uma alta de 21,9% em relação ao fechamento de segunda-feira.
Embora a maioria dos analistas recomende a compra das ações da Petrobras, o investidor deve avaliar seu perfil e tolerância ao risco. Para investidores mais conservadores, a recomendação neutra da Ativa pode ser mais adequada. Já para quem tolera a volatilidade, as recomendações de compra das demais instituições financeiras são alternativas promissoras.