

Quem não gosta de cartão de crédito? Quando usado de maneira correta, o item é um importante aliado no planejamento financeiro familiar, podendo até gerar brindes, como milhas e descontos em estabelecimentos e serviços.
Publicidade
Quem não gosta de cartão de crédito? Quando usado de maneira correta, o item é um importante aliado no planejamento financeiro familiar, podendo até gerar brindes, como milhas e descontos em estabelecimentos e serviços.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Segundo uma pesquisa do Serasa eCred, divulgada em maio de 2022, 29% das pessoas no Brasil têm cinco ou mais cartões de crédito.
Apesar de o item fazer parte do cotidiano da maioria dos brasileiros, muitos têm dificuldade para consegui-lo. Várias pessoas recebem negativas das instituições financeiras na hora da contratação do serviço: ter o score (pontuação, em tradução livre) baixo é um pesadelo para quem precisa conseguir o cartão.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Em contrapartida, muitas fintechs têm transformado essa mentalidade, oferecendo crédito para além da análise do score.
Se você já ouviu termos como “score”, “nome negativado” e “lista de proteção de crédito”, então já está familiarizado com o trabalho dos birôs de crédito. Estes são empresas especializadas em reunir informações sobre o histórico financeiro das pessoas e classificar o risco que cada uma oferece de inadimplência.
As informações coletadas podem ser consultadas por instituições que oferecem crédito ou financiamento para clientes. No Brasil, existem quatro birôs de crédito: Serasa, SPC, Boa Vista e Quod. Todos seguem leis específicas de proteção de dados e são regulados pelo Banco Central do Brasil (BC).
Com dados de pagamento, atrasos e inadimplência, essas empresas criaram modos de ranquear as pessoas e de definir o risco de calote que cada instituição ou empresa tem ao conceder crédito. A metodologia do score foi desenvolvida pelo Serasa e classifica os cidadãos em uma pontuação que vai de zero a mil pontos.
No geral, pessoas com uma pontuação entre 0 e 300 oferecem alto risco de inadimplência e têm mais dificuldade em conseguir contratar um cartão de crédito. Entre 301 e 700, o risco é médio, e acima de 701 o risco é baixo.
Publicidade
Segundo Luciana Maia Campos Machado, professora de Finanças da Faculdade FIPECAFI, o score de crédito representa a reputação financeira que uma pessoa construiu ao utilizar crédito no mercado, por meio de empréstimos, financiamentos, compras parceladas, cartões de crédito e assinaturas de serviço.
Segundo Fábio Ieger, especialista em finanças e diretor-executivo (CEO) da iCertus, apesar de a maioria das empresas consultar o score do Serasa na hora de conceder crédito, empréstimos ou financiamentos, ele não é o único item analisado pelos bancos.
Alguns priorizam a análise do relacionamento com os clientes, ou seja, se outros serviços contratados tiveram o pagamento honrado. Por isso, algumas pessoas com score baixo têm a solicitação de cartão de crédito aprovada.
Além disso, segundo Ieger, fintechs — como Nubank, Neon e PayPal — vêm revolucionando a maneira de oferecer crédito. Muitas delas criam metodologias próprias usando fórmulas baseadas em inteligência artificial (IA) e fórmulas matemáticas, conseguindo achar novos padrões para analisar o risco do crédito que difere da maneira que os bancos tradicionais trabalham.
Luciana Machado ainda aponta a maneira como as fintechs enxergaram, nas pessoas com score baixo, um nicho de mercado pouco explorado pelo mercado financeiro tradicional.
Publicidade
Para ela, o alto investimento em inovação, bem como o uso de tecnologia e de big data permite uma estrutura mais enxuta, com menor custo e operação automatizada que permite correr mais risco do que as instituições tradicionais.
Apesar de as facilidades oferecidas pelas fintechs, é importante estar com as obrigações financeiras em dia, tanto para conseguir mais crédito quanto para evitar judicialização. Para isso, melhorar o score é sempre uma boa opção.
Confira a seguir algumas opções de cartão de crédito que podem disponibilizar serviços para pessoas com score baixo, nome negativado e restrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
De acordo com Luciana Machado, para melhorar o score é importante renegociar dívidas atrasadas. Ieger também ressalta a importância de manter em dia pagamentos de contas recorrentes, como as de água e de luz, para que o score se restaure.
Ambos os especialistas ressaltam a importância da negociação das dívidas. Por mais que elas caduquem em cinco anos, obrigando a exclusão do nome dos relatórios de inadimplência, a dívida continua existindo, podendo ainda ser cobrada na justiça.
Além disso, essas informações de calote continuam existindo em listas como a do Sistema de Informações de Créditos (SCR) do BC. Esse histórico pode fazer que instituições financeiras neguem pedidos de empréstimo, financiamento, crédito e outros serviços.
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador