Educação Financeira

Brasileiro resgata R$ 2,8 mi no BC; veja se você também tem bolada esquecida

Esse foi o maior valor já recuperado por um único CPF no sistema

Brasileiro resgata R$ 2,8 mi no BC; veja se você também tem bolada esquecida
+Milionária: quando é o sorteio dos R$ 86 milhões acumulados? (Foto: Pixabay)
  • Uma única pessoa resgatou R$ 2,8 milhões esquecidos em bancos através do Sistema de Valores a Receber (SVR)
  • No entanto, vale alinhar as expectativas, porque grande parte da população possui uma pequena quantia esquecida no SVR
  • Segundo o BC, os brasileiros ainda podem sacar R$ 7,178 bilhões em recursos esquecidos nos bancos; veja como consultar a informação

Uma única pessoa resgatou R$ 2,8 milhões esquecidos em bancos através do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC). Esse foi o maior valor já recuperado por um único CPF no sistema, sem contar as quantias que podem ter sido retiradas em contato direto com as instituições. As informações foram compartilhadas por Carlos Eduardo Rodrigues da Cunha Gomes, chefe de Departamento de Atendimento Institucional do BC, em live semanal do órgão.

Para pessoa jurídica, o recorde foi de R$ 3,3 milhões. No entanto, vale alinhar as expectativas, porque grande parte da população possui uma pequena quantia esquecida no SVR. Mais especificamente, 63,07% dos brasileiros têm entre R$ 0 a R$ 10 para resgatar e 24,99% têm entre R$ 10,01 a R$ 100 esquecidos. A parcela de quem possui valores mais alto é pequena: 10,18% podem resgatar de R$ 100,01 a R$ 1.000, enquanto apenas 1,77% da população tem direito a mais de R$ 1000.

Segundo o BC, os brasileiros ainda podem sacar R$ 7,178 bilhões em recursos “esquecidos” nos bancos, sendo que R$ 4,432 bilhões já foram recuperados até junho.

Como consultar o SVR?

Para consultar se há valores no SVR, o usuário deve acessar este endereço e informar seu CPF e data de nascimento. Caso deseje conferir as informações para uma empresa, é necessário preencher o CNPJ da companhia e a data de abertura.

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Se existir dinheiro para resgatar, o interessado deve entrar nesta página do SVR com a conta Gov.br. Para valores de pessoa física, por causa do sigilo bancário, a conta precisa ser de nível prata ou ouro. Já para os de pessoa jurídica, a conta deve ter um CNPJ vinculado (qualquer tipo de vínculo, exceto Colaborador).

Dentro do sistema, o próximo passo é clicar em “Meus Valores a Receber” e depois ler e aceitar o Termo de Ciência. Na tela seguinte, o usuário conseguirá ver o valor a receber, o nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o dinheiro, além da origem da quantia.

Como resgatar o valor disponível?

Para resgatar o valor, há diferentes opções, a depender da instituição. Se o sistema oferecer a alternativa “Solicitar por aqui”, o indivíduo deve selecionar uma de suas chaves Pix (campo obrigatório) e informar seus dados pessoais para receber o dinheiro em até 12 dias úteis. Nesse caso, o banco pode entrar em contato por telefone ou e-mail para confirmar a identidade da pessoa ou tirar dúvidas sobre a forma de devolução, como um procedimento de segurança. No entanto, senhas bancárias nunca são solicitadas por ninguém.

Se o sistema oferecer a opção “Solicitar por aqui”, mas não apresentar chave Pix disponível para seleção, o interessado precisa entrar em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou e-mail informado por ela para combinar a forma de devolução. Em uma situação como essa, o banco não é obrigado a devolver o valor em até 12 dias úteis.

O mesmo ocorre caso o sistema não ofereça a opção “Solicitar por aqui”, exigindo que a pessoa entre em contato diretamente com a instituição financeira. Em todos os exemplos, vale guardar o número de protocolo da solicitação, para tirar qualquer dúvida com o banco ou confirmar sua identidade.

Não encontrei nenhum dinheiro. Vale fazer novas consultas?

O dinheiro a ser resgatado no SVR pode ter diferentes origens. Dentre elas, destacam-se parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas, tarifas aplicadas indevidamente, além de contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível.

Em live semanal, Gomes, chefe de Departamento de Atendimento Institucional do BC, indicou que as pessoas devem realizar consultas periódicas no SVR, pois os dados não são estáticos. A recomendação vale principalmente para os clientes que possuem contas em diferentes bancos e constantemente mudam de instituição.

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“Esse valor esquecido pode continuar aumentando, com contas encerradas, cobrança indevida de tarifas, entre outras origens que podem entrar na base do SVR. As instituições enviam para nós mensalmente um arquivo com a posição do último dia do mês, verificamos essas informações e todo início de mês temos uma base nova”, destacou Gomes.

Dessa forma, consultar o sistema dentro de um mês não fará diferença, mas a verificação em uma periodicidade maior pode sim trazer novas informações. “O ciclo de atualização do SVR é mensal. Talvez vale verificar de 3 em 3 meses. Mas não adianta fazer duas consultas dentro do mesmo mês, porque a base de informações será a mesma”, explicou.

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