O que este conteúdo fez por você?
- O CPF é um documento indispensável no território brasileiro e, em alguns casos, pode acabar suspenso ou irregular. Nesses casos, o cidadão precisa resolver a situação cadastral na Receita Federal para poder usufruir do documento novamente
- Bandidos têm criado ambientes virtuais semelhantes ao da Receita Federal para enganar pessoas que buscam regularizar o CPF, solicitando dados pessoais e dinheiro
O Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) é um documento pertencente ao banco de dados gerenciado pela Receita Federal e funciona como um “passaporte” para transitar no território nacional.
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Algumas circunstâncias podem deixar o CPF irregular e, nesses casos, é comum que as pessoas busquem resolver a situação na internet.
É assim em que pode surgir um problema: nem todos os sites são confiáveis e, com isso, o cidadão corre o risco de cair em uma página falsa.
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Por isso, é válido saber evitar cair nessa armadilha.
Como funciona o golpe da falsa regularização de CPF?
O golpe da falsa regularização do CPF ocorre por meio de sites clandestinos. Quando a pessoa digita “regularizar o CPF” ou termos semelhantes no Google, os primeiros links que aparecem costumam ser os chamados links patrocinados (ou anúncios). São endereços pagos para ganhar destaque na classificação de busca por determinadas palavras-chave.
Assim, os criminosos criam empresas falsas que anunciam a regularização on-line do CPF mediante o pagamento de uma taxa. Então, promovem esses sites para que sejam os primeiros a aparecer na busca para o usuário e, consequentemente, conseguem alto número de cliques.
Quando a pessoa entra no site falso, o ambiente simula a página da Receita Federal e direciona para um formulário de cadastro, a fim de captar dados pessoais. Depois, é solicitado que o usuário gere um boleto de pagamento. No entanto, essa suposta guia oficial já vem com um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de uma empresa privada, o que não ocorre em pagamentos feitos à União.
Após essas etapas, o cidadão geralmente paga o boleto, achando que é a taxa para regularizar a situação cadastral do CPF, mas na verdade é um golpe.
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Nesse cenário, os criminosos ficam com os dados pessoais da vítima e ainda recebem dinheiro, enquanto o indivíduo perde o valor, tem as informações pessoais expostas e ainda se mantém na situação irregular perante a Receita.
Qual é a única forma de regularizar o CPF?
A única forma de regularizar o CPF é por meio da Receita Federal, neste link: (https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/CPF/ConsultaSituacao/ConsultaPublica.asp).
Dessa forma, é bastante simples se certificar de que o CPF está regularizado ou se há alguma pendência a ser quitada. Lembrando que a Receita Federal também não solicita pagamento por meio de mensagem ou de ligação.
5 dicas para não cair no golpe de regularizar CPF
O E-Investidor conversou com Luiz Carlos Benner, professor do curso de Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e atuante na área de Administração com ênfase em Ciências Contábeis, que deu cinco dicas para não cair no golpe para regularizar CPF.
1. Tenha cuidado com a segurança
É importante redobrar a atenção com a segurança e não acessar ou abrir links enviados por remetentes desconhecidos (mesmo que pareçam familiares).
2. Preze pelos dados
Não responda à solicitação de informações referentes aos seus dados bancários ou número de CPF. Se for alguma cobrança, a preocupação deve ser do credor em cobrar; portanto, procure ter certeza de que é uma dívida realmente contraída por você.
3. Não caia em falsas promessas
Desconfie de prêmios e benefícios oferecidos para efetuar a regularização de documentos, especialmente se for necessário clicar em links ou fornecer dados.
Isso também vale para outros golpes, em que as pessoas acabam se deslumbrando com promessas de falsos ganhos.
4. Acesse apenas endereços oficiais
Ao fazer a busca no Google para regularizar o CPF, certifique-se de clicar no link do domínio do governo federal. Os sites oficiais terão sempre um “.gov.br” no fim do link.
5. Restrinja o seu contato
Não passe qualquer informação pessoal para entidades ou pessoas desconhecidas. Com os golpes recorrentes pelo WhatsApp, também vale se atentar na hora de passar dados para pessoas do seu convívio.
Sempre verifique se o contato é verdadeiro e não deixe suas informações com fácil acesso, especialmente números de documentos e contas bancárias.
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