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Educação Financeira

Tarifa de 50% dos EUA: o impacto em preços, emprego, dólar e no bolso do consumidor brasileiro

Alíquota de 50% sobre exportações para o mercado americano passam a valer nesta quarta-feira (5) e efeitos serão sentidos aqui

Retrato de busto sob fundo azul escuro.
Por Beatriz Rocha e  Manuela Miniguini 
Editado por Wladimir D'Andrade

06/08/2025 | 3:00 Atualização: 05/08/2025 | 21:57

Tarifas dos EUA sobre o Brasil começam a valer nesta quarta-feira (6). Foto: Adobe Stock
Tarifas dos EUA sobre o Brasil começam a valer nesta quarta-feira (6). Foto: Adobe Stock

Mesmo valendo para produtos vendidos para fora do Brasil, os impactos da tarifa de 50% aplicada sobre as exportações para os Estados Unidos vão muito além de uma disputa comercial e devem causar impacto no bolso do consumidor brasileiro. De acordo com os especialistas, podem mexer com o câmbio, alterar preços de produtos no mercado doméstico e até influenciar o setor de crédito no País.

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  • Tarifas de Trump entram em vigor, mas agora a preocupação do mercado é outra

Na última semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou o decreto do “tarifaço” e dividiu os itens em dois grupos: os enquadrados nas 694 exceções e os afetados pelas alíquotas de importação – veja aqui quais terão a taxa extra. Produtos como suco de laranja, derivados de petróleo, celulose e peças para aeronaves civis estão entre os que não serão afetados pela tarifa adicional.

Por outro lado, café, carnes e frutas são alguns dos itens que passarão a ter, nas exportações para os EUA, uma alíquota extra de 40%, que se soma à de 10% atualmente em vigor, chegando à taxa de 50%. Para o consumidor americano, tais itens vão ficar mais caros, enquanto as exportações do Brasil se tornam menos competitivas por lá.

Barreira a exportações pode baixar preços no Brasil

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, avalia que, num primeiro momento, os preços dos produtos afetados podem cair no mercado interno. “A depender da região, existe a possibilidade de esses itens ficarem mais baratos, já que parte do que seria exportado pode ser direcionado ao consumo doméstico”, afirma.

Débora Farias, advogada de Direito Empresarial e do Consumidor explica: “Sabemos que boa parte da nossa carne vai para os EUA e, com a tarifa de 50%, fica claro que o mercado americano vai repassar isso para o consumidor final. E aí a gente se pergunta, será que a empresa americana vai continuar comprando esses produtos?”.

Imagem de carne bovina brasileira pronta para assar.
A carne brasileira não conseguiu fugir das tarifas de Donald Trump e serão taxadas em 50% ao entrar nos EUA. (Imagem: Adobe Stock)

Assim, uma vez que o produtor brasileiro verifica que está perdendo espaço no mercado americano, ele se vê obrigado a vender a carne no Brasil, segundo a advogada. “Eu entendo que o próprio setor supermercadista pode lucrar com isso, por conseguir comprar produtos mais baratos, o que vai baratear para nós consumidores também”, acrescenta Farias.

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Esse aparente “benefício”, no entanto, tem um efeito provisório. O professor de economia da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) Renan Pieri explica que os produtos impactados pelo tarifaço, em sua maioria, são commodities (matérias-primas como o petróleo) – um mercado competitivo, com margens de lucro tradicionalmente baixas, o que limita o espaço para cortes de preços.

“No médio prazo, com a queda nas exportações, pode haver uma redução na produção interna, o que também acabaria neutralizando esse efeito inicial de queda nos preços”, destaca.

Existe o risco de os setores afetados enfrentarem mais demissões, enfraquecendo a atividade econômica nos próximos meses. “Podemos ver investimentos menores e contratações reduzidas, caso não seja possível escoar as exportações para outros mercados”, avalia Cruz, da RB Investimentos.

Por outro lado, PIB e emprego podem cair

Um novo estudo divulgado nesta terça-feira (5) pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estimou que, mesmo com as 694 exceções, as tarifas adicionais sobre produtos brasileiros afetam 55% do valor total de exportações do Brasil para os EUA.

Os dados da Fiemg apontam que, apesar da isenção para os 45% restantes, haverá redução de R$ 25,8 bilhões no curto prazo e R$ 110 bilhões no longo prazo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Além disso, a estimativa é de que haja a perda de R$ 2,74 bilhões em renda familiar nos próximos dois anos, assim como o corte de 146 mil postos de trabalho formais e informais.

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Os setores industriais mais atingidos, segundo o estudo, serão siderurgia, fabricação de produtos de madeira, de calçados e de máquinas e equipamentos mecânicos. O impacto recai também sobre a pecuária, especialmente a cadeia da carne bovina.

Esse cenário gera uma espécie de “efeito dominó”, reduzindo o poder aquisitivo dos brasileiros, devido ao enfraquecimento do mercado de trabalho. ”Mesmo que isso afete a população de maneira desigual, todos são impactados negativamente pelo menor crescimento da economia brasileira”, diz Pieri.

Crédito mais apertado

Com a redução do poder de compra, mais pessoas recorrem ao crédito para manter o consumo. Ao mesmo tempo, a capacidade de pagamento de famílias e empresas em relação às dívidas já assumidas diminui. Consequentemente, quem concede crédito se torna mais seletivo.

“Essa percepção de instabilidade faz com que os bancos ‘fechem a torneira’. Então, eles começam a dar menos crédito, que passa a ficar mais caro, em um cenário de Selic já elevada”, afirma Jorge Azevedo, especialista em gestão de crédito, cobrança e riscos.

Segundo ele, os consumidores com bom histórico financeiro são os menos afetados, ao contrário de quem tem um baixo score de crédito. “Isso é o mais perverso. Quem mais precisa, acaba tendo menos crédito e, quando consegue, paga mais caro por ele”, destaca.

Como tarifa afeta o dólar, os importados e o seu dia a dia

Um outro fator mexe diretamente com o bolso do consumidor brasileiro: o câmbio. As incertezas provocadas pelo tarifaço em relação à economia local levam a uma fuga do capital estrangeiro, o que favorece a desvalorização do real – afinal, a quantidade de dólares fica mais escassa por aqui. Em julho, quando as medidas foram anunciadas, a moeda americana subiu 3,07% no mercado doméstico.

Nota de dólar sobre gráficos financeiros.
Vaivém das tarifas coloca o poder do dólar em xeque. (Foto: Adobe Stock)

O cenário complicado para o real impacta produtos comprados no exterior e comercializados no mercado doméstico. “Com o aumento do dólar, as importações ficam mais onerosas, obrigando as empresas a repassarem para os preços”, explica José Carlos de Souza Filho, professor da FIA Business School.

Ele aponta que alimentos, bebidas, combustíveis, eletrônicos e medicamentos estão entre os itens mais sensíveis. O setor da agroindústria, por causa de fertilizantes e defensivos importados, é outro que pode sofrer.

“Até os preços dos planos de saúde e do transporte, especialmente o aéreo, tendem a sentir esse efeito”, acrescenta.

Prever o futuro do câmbio, no entanto, não é uma tarefa fácil. Pieri, da FGV EAESP, explica que há fatores que jogam contra e a favor da valorização da moeda americana.

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Por um lado, a política comercial de Trump gera desconfiança global, o que tende a diminuir a demanda por dólar e, em tese, beneficiar outras moedas. Um sinal disso pode ser verificado no desempenho do índice DXY, que compara a moeda americana com seis pares fortes: o indicador recua 8,78% no ano.

“Por outro lado, o Brasil exportando menos significa menos dólar entrando no País, o que leva à depreciação do câmbio”, ressalta.

E se houver retaliação do Brasil às tarifas dos EUA?

O pior cenário aconteceria caso o Brasil decidisse retaliar os Estados Unidos com tarifas. Em seu decreto, Trump destacou que qualquer medida nessa linha poderia resultar em um aumento da alíquota de 50% já anunciada.

“O Brasil depende dos EUA para conseguir uma série de insumos e de produtos finais relacionados à área de tecnologia, que são de complexa substituição. Acho difícil o País promover algum tipo de retaliação num nível parecido”, diz Pieri.

Caso a saída fosse essa, muitos itens usados no dia a dia dos brasileiros ficariam mais caros, especialmente os dependentes de alta tecnologia, como celulares, computadores e eletrodomésticos.

Souza Filho, da FIA Business School, explica que as empresas americanas com operações no Brasil também utilizam insumos de suas matrizes para a fabricação local. “Isso vale para refrigerantes e enlatados, assim como para automóveis, pneus e baterias, além de produtos farmacêuticos e de higiene”, detalha. “Fica claro que medidas retaliatórias à tarifa de Trump teriam efeitos significativos na economia brasileira em geral.”

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