

A Receita Federal pagou, na última segunda-feira (30), o segundo lote de restituição do Imposto de Renda de 2025. Foram R$ 11 bilhões liberados para mais de 6,5 milhões de contribuintes, o maior lote já pago de uma só vez na história do Fisco.
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A Receita Federal pagou, na última segunda-feira (30), o segundo lote de restituição do Imposto de Renda de 2025. Foram R$ 11 bilhões liberados para mais de 6,5 milhões de contribuintes, o maior lote já pago de uma só vez na história do Fisco.
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Com esse dinheiro extra caindo na conta, muita gente se pergunta: o que fazer com a restituição do IR? Em um momento de juros altos, crédito caro e despesas sazonais, como as do recesso escolar de julho, vale a pena planejar antes de gastar.
Segundo Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio-diretor da Multimarcas Consórcios, a restituição pode ser uma ótima aliada na hora de organizar a vida financeira. “A restituição do Imposto de Renda é uma ótima chance de reorganizar as finanças. Antes de pensar em gastar, o ideal é olhar para o que está pendente: dívidas, ausência de reserva de emergência ou falta de investimentos”, afirma. “Cada pessoa tem uma prioridade, mas o mais importante é usar esse dinheiro com consciência e planejamento”, completa.
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A seguir, veja cinco dicas práticas para usar bem a restituição:
O primeiro passo é eliminar o que pesa no bolso: juros altos no cartão de crédito, cheque especial e empréstimos pessoais. Esses são os vilões do orçamento e, ao quitá-los, você já sente alívio imediato no mês seguinte.
Se possível, tente negociar com o credor e obter desconto no pagamento à vista. Além de economizar, você começa a recuperar o controle financeiro.
Quem ainda não tem uma reserva de emergência deve aproveitar o dinheiro da restituição para começar. O ideal é guardar o equivalente a três a seis meses de despesas fixas.
Aplique esse valor em investimentos de baixo risco e alta liquidez, como Tesouro Selic ou CDBs com resgate automático. Ter uma reserva evita endividamento futuro em caso de imprevistos, como desemprego ou problemas de saúde.
Se as contas estão em ordem e a reserva já está encaminhada, pense em investimentos voltados para objetivos de médio e longo prazo. Vale considerar consórcios, previdência ou títulos de renda fixa com boa rentabilidade.
Essa é uma boa estratégia para quem tem metas como comprar um carro, fazer uma viagem ou investir em um imóvel.
É comum ver o dinheiro cair na conta e sair gastando sem pensar. Mas vale dar um passo atrás e refletir. Pergunte-se: “Eu realmente preciso disso agora?”. Se tiver dúvida, o mais provável é que a resposta seja não.
“Questione-se, no mínimo, três vezes se realmente precisa daquilo que está pensando em comprar. Se houver dúvida, cancele. É sinal de que não é urgente”, aconselha Lamounier.
Usar parte da restituição para aprimorar sua educação financeira pode gerar retornos maiores no futuro. Livros, cursos online ou mentorias podem ajudar a entender melhor como o dinheiro funciona — e como fazer ele render mais.
“Nunca é tarde para aprender ainda mais com o nosso próprio dinheiro”, completa o educador financeiro.
A Receita Federal deposita os valores diretamente na conta indicada na sua declaração. Se o crédito não caiu, o contribuinte pode consultar o portal e-CAC para verificar pendências.
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Atenção aos golpes: desconfie de e-mails ou mensagens que pedem dados bancários ou solicitam cliques para “confirmar sua restituição”. O acesso deve ser sempre pelos canais oficiais.
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