Novo serviço quer evitar que contribuintes caiam na malha fina e não retifiquem a declaração. (Foto: Adobe Stock)
Cair na malha fina ao declarar errado o rendimento de um investimento ou uma dedução é sempre um dos grandes receios da pessoa física quando o assunto é Imposto de Renda (IR). Segundo dados da Receita Federal, 3,9 milhões de declarações foram retidas em 2025 por causa desses erros.
A boa notícia é que, para quem descobre o problema a tempo, é possível retificar o documento sem grandes problemas ou necessidade de qualquer ação fiscal. Em 2025, dois terços das declarações retidas foram regularizadas assim.
É pensando nesses cenários que a IRTrade está lançando um novo serviço, batizado de “Monitoramento de CPF”. O sistema vai ‘verificar de forma contínua o CPF do contribuinte, válido para todas as pessoas físicas e não apenas investidores, no portal da Receita, via e-CAC, e disparar alertas em caso de pendências, débitos ou mudanças no status da declaração. Eventuais inconsistências ou pedidos do Fisco serão notificadas ao usuário por email, que vão receber também um relatório mensal destacando pontos de atenção.
A ideia, segundo a fintech, é dar ao contribuinte ou ao seu contador tempo para identificar problemas e fazer a retificação da declaração antes dos procedimentos administrativos.
A IRTrade é uma empresa que disponibiliza ferramentas para cálculo e recolhimento de IR das operações de renda variável, uma das três únicas homologadas pela B3 para realizar essa função no País. A fintech está no mercado há 16 anos, integrada a algumas das maiores corretoras brasileiras, como XP, Ágora, Safra, Inter, além de ser parceira de mais de 850 escritórios de investimento.
A nova funcionalidade quer ir além de calcular o imposto e consolidar dados históricos de declarações, DARFs e status do IR para oferecer uma “visão integrada de riscos”. Assim, agir como uma rede de segurança extra para facilitar a vida dos contribuintes ou dos contadores.
“Criamos tecnologia para tornar o processo mais inteligente, ágil e seguro, tanto para quem investe quanto para quem presta o serviço contábil”, explica o CEO Igor Moreira.
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Na visão do executivo, é uma resposta à complexidade fiscal enfrentada por quem tem muitas fontes de rendimento para serem declaradas no IR, incluindo aqueles investidores com carteiras muito pulverizadas. Mas o objetivo também é de chegar aos escritórios contábeis, que pelo Monitoramento vão poder gerenciar múltiplos CPFs de forma automatizada, reduzindo o risco de erros ou omissões nas declarações dos clientes.