- Investimento é ideal para quem busca segurança
- O dinheiro investido nos papéis é destinado ao agronegócio
- Aplicação é recomendada como uma parte da diversificação dos investimentos
Os efeitos da pandemia de coronavírus têm se traduzido em volatilidade no mercado financeiro, emitindo um alerta tanto para o investidor com perfil agressivo, como para o mais conservador. E é nesses momentos de incerteza, que os produtos de renda fixa costumam entrar no holofote de quem busca segurança em meio ao caos.
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Esse é o caso da Letra de Crédito Agronegócio (LCA), uma alternativa que traz mais previsibilidade aos investimentos, uma vez que as condições de rentabilidade são determinadas no momento da compra dos ativos.
Isenta do Imposto de Renda e atrelada ao CDI, as LCAs têm lastro em operações de crédito rural. Ou seja, ao comprar o investimento de instituições financeiras, o investidor empresta dinheiro para o banco ou corretora e ele é destinado ao financiamento do setor do agronegócio. Ao final do empréstimo, que tem liquidação a partir de 90 dias, o dinheiro aplicado é devolvido com os juros que são definidos no momento da compra.
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“A LCA é um bom investimento durante a crise devido a isenção do imposto de renda, já que a tendência é ter uma rentabilidade maior do que os CDBs”, diz Alexandre Marques, gerente de produtos da Ágora Investimentos.
Por outro lado, o head de produtos da Messem Investimentos, Gabriel Ribeiro, alerta que apesar de a LCA ser um bom investimento na carteira para quem busca segurança, o ativo não costuma garantir rentabilidade suficiente para engordar o patrimônio do investidor. “Por mais que ela seja isenta de IR, e com a Selic a 3,75%, a rentabilidade é baixa e corre o risco de chegar no final do ano com ganho real ser zero, vai depender do cenário de inflação”, afirma Ribeiro.
Na visão dos especialistas, portanto, a Letra de Crédito Agronegócio pode ser uma aplicação para quem busca segurança em momentos de turbulência, como o que passamos atualmente. No entanto, a principal recomendação para sofrer menos com a volatilidade e garantir retorno mais atrativo é diversificar a carteira de investimentos. “Esse é um ativo importante para diversificação, mas não deve ocupar uma fração muito grande dos investimentos”, diz Ribeiro.
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